Investimento do Grupo Aço Cearense, maior importador de aço do Brasil, a Sinobras, primeira usina integrada das regiões Norte e Nordeste, representou para o grupo a autossuficiência em aços longos, zerando as importações.
Agora o grupo tenta alcançar a autossuficiência na área de aços planos por meio do projeto Alpa/Aline, investimento conjunto com a Vale. O Grupo Aço Cearense deterá 75% do capital da unidade de aços planos Aline (e a Vale os outros 25%), que vai beneficiar as placas semiacabadas produzidas pela Alpa, investimento exclusivo da Vale. O conjunto de investimentos permitirá a criação não só de um complexo siderúrgico no Pará reunindo a Sinobras e a Alpa/Aline, mas também um polo minero-metal-mecânico a ser instalado.
"O projeto de engenharia e a terraplanagem da planta da Aline estão prontos e previstos para entrar em produção em 2014. Mas estamos aguardando a conclusão das obras que permitirão a navegabilidade do rio Tocantins, que foram paralisadas após denúncias envolvendo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)", diz Cleyton Labes, diretor de sustentabilidade da Sinobras. "As obras da eclusa do rio foram concluídas em 2010, com investimentos de R$ 1,5 bilhão, mas falta a remoção dos Pedrais de Lourenço, que impedem a navegação em um trecho de 500 km e que devem consumir outros R$ 520 milhões."
A Sinobras consumiu investimentos de cerca de R$ 800 milhões e tinha um projeto original de 200 mil toneladas de aços longos anuais. Hoje a usina já está operando em uma planta com capacidade para 350 mil toneladas ao ano podendo chegar a 500 mil toneladas por ano.
Fonte: Valor Econômico/Por Carmen Nery | Para o Valor, do Rio
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