A incorporadora Tecnisa encerrou o primeiro trimestre com prejuízo de R$ 11,3 milhões, contra resultado positivo de R$ 60,8 milhões no mesmo período de 2011. A receita líquida caiu 33% no período, para R$ 279,2 milhões, refletindo o menor volume de vendas contratadas.
No primeiro trimestre, as vendas da companhia caíram quase 54%, para R$ 253,198 milhões. De olho em rentabilidade, a empresa não lançou nenhum empreendimento no primeiro trimestre.
Além disso, a Tecnisa ressaltou, no seu release de resultados, que houve uma redução no ritmo de evolução financeira das obras. A companhia rompeu com um parceiro de negócios e assumiu a gestão de algumas obras. Segundo a incorporadora, houve descontinuidade de alguns empreiteiros terceirizados.
Os custos recuaram 24%, para R$ 225 milhões. O lucro bruto registrou uma queda de 55,1%, para R$ 54,1 milhões. A margem bruta caiu 9,6 pontos percentuais, para 19,4%. A companhia registrou também queda na margem bruta a apropriar, de 39,5% para 37,5%.
As despesas operacionais, por sua vez, cresceram 16,6% em relação aos primeiros três meses de 2011, para R$ 61,9 milhões, levando o resultado operacional para o vermelho.
A geração de caixa medida pelo Ebitda ficou negativa em R$ 2,1 milhões, frente a um resultado positivo em R$ 74,9 milhões um ano antes.
O resultado financeiro foi positivo em R$ 10,6 milhões, queda de 32,9% na comparação anual.
Ao fim de março, a companhia tinha uma dívida líquida de R$ 1,15 bilhão, alta de 54,4% sobre o mesmo período de 2011.
Entre janeiro e março, a Tecnisa registrou uma queima de caixa operacional de R$ 91,6 milhões, 31,5% abaixo dos R$ 133,7 milhões consumidos no primeiro trimestre do ano passado.
No fim do primeiro trimestre, o banco de terrenos da Tecnisa correspondia ao Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 8,165 bilhões, considerando-se somente a parcela da companhia. Incluindo a parcela dos sócios nos projetos, o VGV potencial do banco de terrenos da incorporadora chega a R$ 10,161 bilhões.
A Tecnisa estima lançamentos com VGV de R$ 2,2 bilhões neste ano, levando-se em conta somente sua parcela.
Fonte: Valor Econômico/Natalia Viri | De São Paulo
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