A ThyssenKrupp, maior siderúrgica alemã, informou ontem que seu conselho de administração elevou o investimento na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Rio de Janeiro, para € 5,2 bilhões (US$ 7,39 bilhões), ante € 4,7 bilhões anteriores, o segundo aumento em cinco meses. A previsão do prazo de entrada em operação no entanto foi mantida, para meados de 2010.
Quando o ambicioso plano de expansão surgiu em 2006, a CSA deveria custar cerca de € 3 bilhões, com capacidade anual de 5 milhões de toneladas de placa de aço.
De acordo com o diretor-executivo da companhia, Ekkehard Schulz, os custos de projeto para as novas usinas no Brasil e no Alabama, nos EUA - que receberá placas de aço da CSA e cujo custo subiu 10%, para US$ 3,6 bilhões -, vai afetar o lucro da ThyssenKrupp no negócio de Steel Americas.
Apesar disso, a companhia alemã divulgou que está no caminho para alcançar suas metas, depois que a maior parte de seus negócios apresentou lucro no primeiro trimestre.
Schulz afirmou, durante a reunião anual com acionistas, que cortes agressivos de custos e medidas de reestruturação permitirão que o grupo alcance suas metas para o atual ano fiscal até setembro de 2010.
A indústria global de aço está lentamente se recuperando de uma das piores recessões na história, com os preços do aço subindo nos últimos meses, depois de alcançar as mínimas cotações.
A ThyssenKrupp havia dito na terça-feira que a utilização de capacidade em suas fábricas de aço e os volumes de produção se estabilizaram ainda mais, conforme ela tenta elevar os preços dos contratos de curto prazo para alguns produtos.
"Nossa performance no primeiro trimestre de outubro a dezembro de 2009 nos permite olhar para a frente com otimismo cauteloso", disse Schulz a acionistas ontem, destacando entretanto que a recuperação econômica ainda é frágil.(Fonte: Valor Econômico/ Marilyn Gerlach, Reuters, d
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