A ThyssenKrupp AG refez novamente os planos para suas deficitárias operações de aço nas Américas e estuda manter e até expandir-se no Brasil, mas sair dos Estados Unidos completamente.
Depois de um ano tentando em vão vender suas fábricas no Brasil e no Alabama, o conglomerado industrial alemão está analisando um novo plano sob o qual formaria uma parceria para construir uma usina de processamento de aço no Brasil, mantendo a participação na siderúrgica CSA no país, dizem pessoas a par do assunto.
Embora um porta-voz do conglomerado industrial alemão tenha dito que a empresa ainda está em "negociação avançada com o principal candidato" envolvendo suas usinas no Brasil e no Alabama, pessoas a par do assunto disseram que é mais provável que ela venda apenas a usina em Calvert, no Alabama.
Meses de negociação com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) para vender a usina do Alabama não chegaram a lugar nenhum. E com o fracasso dessas negociações, a ArcelorMittal, maior produtora de aço do mundo, continua sendo uma boa candidata para comprar a usina do Alabama, dizem pessoas a par do assunto.
A ThyssenKrupp gastou mais do que US$ 15 bilhões nas usinas, que hoje valem US$ 4,5 bilhões depois de baixas contábeis que totalizam US$ 10,7 bilhões nos últimos três anos.
Se por um lado a ThyssenKrupp virtualmente perdeu a esperança de vender seus 73% na CSA - o resto está nas mãos da Vale SA -, ela continua negociando com a CSN para que esta compre três milhões de toneladas de placas de aço bruto da CSA nos próximos cinco anos. Isso garantiria uma utilização aceitável da usina e daria tempo à ThyssenKrupp para construir uma usina de processamento.
Fonte: Valor Econômico/Eyk Henning, Hendrik Varnholt e Jan Hromadko | The Wall Street Journal
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