A Transocean disse nesta quarta-feira (12) que a Justiça no Brasil manteve a decisão que poderia impedir a maior operadora de sondas do mundo de operar no país, por conta do derramamento de petróleo ocorrido em novembro do ano passado.
Os promotores que buscam 20 bilhões de dólares em indenizações da Chevron e da Transocean sobre o vazamento de 3.600 barris pediram a proibição para garantir o pagamento.
A reguladora da indústria de petróleo, a ANP, tentou evitar que a proibição da Transocean entrasse em vigor, mas o presidente-executivo da Transocean, Steven Newman, disse que a Justiça negou o apelo.
A Transocean, que gera 11 por cento de sua receita no país, ainda não foi notificada da proibição. A decisão deve entrar em vigor dentro de 30 dias após a companhia ser notificada, acrescentou Newman.
O presidente-executivo afirmou que não assume que a Transocean vai necessariamente declarar força maior em seus contratos como resultado da proibição, e suas plataformas devem parar de gerar receita enquanto a companhia enfrenta a decisão na Justiça.
"Então há um cenário de um caso pior que não parece muito bom", disse Newman em teleconferência com analistas. "Mas como eu disse, eu acredito fortemente nos méritos do nosso caso, eu estou confiante de que vamos prevalecer em última instância."
Quase todas as plataformas da Transocean no Brasil são contratadas para a Petrobras.
A Transocean também disse que a venda de 1,05 bilhão de dólares, nesta semana, de 38 plataformas, seria diluída em seus ganhos de 2013.
A companhia afirmou que a receita de 2013 teria perda de 1,15 bilhão de dólares, para 1,2 bilhão, como resultado da venda, enquanto os custos seriam reduzidos em 750 milhões de dólares, para 825 milhões de dólares.
Fonte: Reuters / Braden Reddall
PUBLICIDADE