O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse ontem (1º/6) que aproximadamente 85 navios carregados com grãos estão parados na cidade ucraniana de Odessa, localizada às margens do Mar Negro, por causa do bloqueio russo. Segundo ele, ainda há cerca de 25 milhões de toneladas de grãos armazenados em silos próximos à região.
Ainda que o bloqueio prossiga, as negociações para liberar as exportações ucranianas de grãos avançaram nesta quarta-feira, quando um funcionário do alto-escalão russo aceitou condições da Turquia para remoção de minas do Mar Negro. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, tem liderado as discussões que tentam abrir um corredor de embarques de grãos e óleo de girassol bloqueados em portos ucranianos - e levar grãos e fertilizantes russos aos mercados mundiais.
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Se as negociações forem bem-sucedidas, a Turquia atuará na remoção de minas e garantirá que os navios da marinha russa permitam a passagem segura de cargueiros para fora da Ucrânia, dizem diplomatas. Guterres também está pedindo a Washington medidas para evitar que grãos e fertilizantes da Rússia sejam alvo das sanções americanas.
Como parte das negociações com a Rússia pela criação de um corredor marítimo seguro para os embarques de produtos alimentícios da Ucrânia, navios de guerra turcos protegeriam uma rota, disseram autoridades.
O presidente russo Vladimir Putin alega que poderá exportar "volumes significativos" de grãos em troca do fim das sanções impostas pelo ocidente, de acordo com o relato do Kremlin. Autoridades dos EUA, por outro lado, destacaram que alimentos e fertilizantes não fazem parte dos embargos americanos à economia russa.
Fonte: Valor