SÃO PAULO - O Conselho de Administração da siderúrgica mineira Usiminas, em reunião concluída há pouco na sede da companhia, resolveu deixar para novembro a decisão final sobre seu projeto de expansão da capacidade produtiva de aço.
A construção de uma nova usina, em Santana do Paraíso, a sete quilômetros da fábrica atual em Ipatinga (MG), está orçada em US$ 6 bilhões, incluindo a instalação de uma termelétrica para geração de energia a partir dos gases dos altos-fornos e da aciaria.
O projeto da nova unidade de produção, lançado em meados de 2008, foi reapresentado para análise dos conselheiros, depois de ter sido suspenso no ano passado por conta da crise econômica mundial.
"O conselho continuará a analisá-lo até a próxima reunião, em novembro, quando será tomada a decisão sobre o projeto", informou a empresa em nota.
A nova usina foi desenhada para produzir 5 milhões de toneladas de placas, sendo 60% para atender a demanda do mercado interno e 40% para exportação.
A decisão do conselho da empresa em adiar por mais dois a três meses o futuro desse projeto leva em conta o cenário de demanda nos mercados interno e mundial.
A empresa, dentre as opções existentes, poderá implementar o projeto em módulos. Atualmente, a capacidade de produção de aço bruto da Usiminas é de 9,5 milhões de toneladas em duas usinas - uma em Ipatinga, em MG, e outra em Cubatão, em SP.
O aumento das importações de aço - que deve responder por 16% do consumo interno neste ano -, além de produtos acabados em aço, como autopeças, é uma grande preocupação da siderúrgicas locais.
Fonte: | Valor Econômico/Ivo Ribeiro
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