A Usiminas deverá investir R$ 1,5 bilhão ao longo de 2013, montante abaixo do total aportado nas operações no ano passado, disse nesta terça-feira (19) Ronald Seckelmann, vice-presidente de finanças e relações com investidores da companhia. Em 2012, a empresa desembolsou R$ 1,65 bilhão, com queda de 33,7% frente ao realizado no exercício anterior.
Conforme o executivo, em 2013, haverá participação um pouco maior da mineração no programa de investimentos, em razão da conclusão da primeira fase do projeto de expansão Friáveis, de mineração, ainda neste ano. “Porém, haverá menores gastos com siderurgia, que encerrou um ciclo pesado de investimentos”, afirmou, durante teleconferência com analistas para comentar os resultados do quarto trimestre.
Seckelmann disse também que a Usiminas deverá chegar a dezembro com alavancagem medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 3 vezes, ou ligeiramente abaixo disso. Isso ocorrerá diante da melhora na linha do Ebitda e redução do endividamento líquido no período. Em 31 de dezembro de 2012, esse indicador estava em 4,7 vezes.
“A alavancagem vai melhorar com expansão do Ebitda e alguma redução de dívida. Estamos em processo de venda de ativos não operacionais, como fazendas, apartamentos e lotes urbanos”, acrescentou. Segundo o executivo, na metade do ano, o indicador deverá estar dentro “dos limites originais contratados com credores” — a maior parte dos contratos prevê alavancagem máxima de 3,5 vezes. “No fim do ano, [deve estar] ligeiramente abaixo de 3 vezes.”
Durante a teleconferência, Julián Eguren, presidente da Usiminas, disse ainda que não há “discussão, conversa, estudo ou decisão” de venda de ativos de mineração. “Todo o time está focalizado na conclusão do projeto Friáveis em tempo e dentro do orçamento”, afirmou.
Fonte: Valor / Stella Fontes
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