A Usiminas vai aplicar reajuste de 5% a 7% nos preços do aço fabricado pela companhia, segundo informações firmes passadas ao Valor. Segundo fontes do setor, os clientes da siderúrgica já estão recebendo comunicados informando nova tabela, que vai vigorar a partir de 1º de outubro.
Os aumentos vão abranger toda a linha de produtos - de laminados quente e frio, até aços galvanizados e chapas grossas -, usados na indústria, autopeças, tubos, linha branca e distribuição. Estima-se que atingirá 60% da carteira da companhia. Vão ficar de fora montadoras de veículos e outros grandes clientes (contratos anuais).
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A justificativa para reajustar é a alta do dólar, acima de R$ 3,80, que torna o produto importado mais caro de 1% a 5% que o nacional. Além disso, o câmbio faz subir o custo da empresa, pois as duas principais matérias-primas - minério de ferro e carvão - são compradas em dólar.
A expectativa é que CSN e ArcelorMittal sigam o mesmo caminho de Usiminas, nos mesmos níveis. A Gerdau já aplicou alta de 7% a 8% este mês para laminado a quente.
Os reajustes da Usiminas são necessários, conforme fontes, para reforçar seu resultado financeiro. A expectativa é que a companhia terá um resultado bem fraco no terceiro trimestre. Procurada, a empresa informou que não comenta sua política comercial.
As ações PNA da empresa fecharam ontem com alta de 4,24%.
Fonte: Valor Econômico/Ivo Ribeiro | De São Paulo