Brasília. A energia produzida pelas usinas termelétricas brasileiras, acionadas em outubro de 2012 devido ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, custará caro aos consumidores. Conforme um estudo da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o uso de usinas térmicas para o abastecimento do sistema energético nacional custará R$ 8,6 bilhões aos consumidores brasileiros. Se esse montante fosse pago de uma só vez, isso resultaria em um aumento de 8% na conta de energia elétrica.
Os R$ 8,6 bilhões são o resultado preliminar dos gastos apurados entre 2012 e agosto de 2013 com a operação das termelétricas devido à falta de chuvas. Como grande parte dessas usinas ainda está ligada - e deve continuar pelos próximos meses -, é certo que o valor vai aumentar.
O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, admite que o custo gerado pela necessidade de usar as térmicas é alto e que o impacto para o consumidor é forte. Ele apontou, porém, que esse valor é resultado de um "cenário mais desfavorável" do que o esperado pelo governo, se referindo ao volume baixo de chuvas no final de 2012 e início de 2013. E que a presença das térmicas evitou um novo racionamento no país.
"(A conta pelo uso das termelétricas) é muito dinheiro, o impacto é significativo. Sempre dissemos: as térmicas são um seguro, nós torcemos muito para não ter que acioná-las porque custa caro", disse Rufino.
Em nota, o Ministério de Minas e Energia, disse que "o modelo brasileiro de geração de energia pressupõe o uso das térmicas já há muitos anos" e, por isso, a tarifa elétrica "sempre contemplou uma parcela para pagamento dessa geração." Mas apontou que, em 2013, o gasto é maior que o previsto.
Fonte: Diário do Nordeste (CE)
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