A Vale bateu seu recorde histórico de produção de minério de ferro no terceiro trimestre deste ano, com a extração de 88,2 milhões de toneladas, num momento de baixos preços do produto no mundo. O aumento de produção foi de 2,9% na comparação ao mesmo período do ano passado, informou a mineradora em seu relatório de produção, divulgado nesta segunda-feira (19).
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a Vale produziu 248 milhões de toneladas, um recorde para o período. São 11,8 milhões de toneladas a mais do que em igual período do ano passado.
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Os volumes de minério de ferro produzidos excluem a participação da Samarco, uma parceria da Vale com a mineradora BHP Billiton, além dos minérios comprados de terceiros.
O aumento da produção ocorre em meio a preços baixos do minério de ferro pelo mundo, efeito de sobreoferta do produto e desaceleração da China. Nesta segunda, a China anunciou que seu crescimento foi de 6,9% no terceiro trimestre deste ano, frente ao mesmo período de 2014, o pior resultado desde o segundo trimestre de 2009.
A produção de minério cresceu apesar do fechamento de plantas consideradas menos eficientes como Feijão, Jangada, Pico e Fábrica e Brucutu. Os desligamentos já eram previstos.
"Os ganhos de produtividade em outras operações parcialmente compensaram a paralisação da produção nas plantas de beneficiamento. Também houve redução na compra de minério de terceiros no terceiro trimestre de 2015", disse a Vale no comunicado.
Principal mina da companhia, Carajás (PA) teve extração de 33,9 milhões de toneladas. Neste caso, foi o melhor desempenho para um terceiro trimestre na mina na história da companhia.
Além do minério de ferro, a Vale também produziu 6,7% a mais de níquel e 2% a mais de carvão na comparação ao segundo trimestre. A produção de ouro atingiu 100 mil onças, um recorde para terceiros trimestres. Por outro lado, a produção de cobre foi de 99,3 mil toneladas, uma queda de 5,4% na comparação ao trimestre anterior, informou a mineradora. O motivo foi uma parada planejada na operação canadense de Sudbury.
Fonte: Jornal do Commercio (POA)