Com expansão mais acentuada das vendas no mercado externo e aumento da demanda por equipamentos de geração, transmissão e distribuição de energia no Brasil, a WEG apurou alta de 11,4% no lucro líquido consolidado do segundo trimestre ante igual período do ano passado, para R$ 228,1 milhões. O lucro atribuído aos sócios da controladora avançou 11,2%, para R$ 228 milhões.
Segundo a WEG, a receita líquida consolidada cresceu 7,2% na mesma base de comparação, para R$ 1,82 bilhão. A expansão, entretanto, ficou abaixo da expectativa e, junto com as "dificuldades de reajustar os preços na velocidade necessária, principalmente nas condições desfavoráveis do mercado interno", pressionou a margem bruta, que recuou de 32,8% pra 31,7%.
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Como consequência, o lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) da WEG teve leve recuo de 0,3%, para R$ 311,5 milhões. A oscilação, porém, foi compensada com folga pelo resultado financeiro, que passou de R$ 2,5 milhões negativos no segundo trimestre de 2013 para R$ 32,3 milhões positivos.
Com planos de investir R$ 592 milhões em ampliação da capacidade e modernização das fábricas em 2014, a WEG também informou que está reavaliando projetos em mercados "com menor dinamismo", para que o "ritmo de execução seja mais adequado à demanda efetiva".
O principal destaque do programa de investimentos para este ano é a implantação de novas unidades na China e no México, "com expansão e verticalização da capacidade produtiva de motores industriais". No acumulado do primeiro semestre, os aportes somaram R$ 158,3 milhões, com expansão de 34,1%.
As vendas no mercado externo avançaram 11,5% e responderam por 51% da receita líquida do trimestre, ante a participação de 49% no mesmo intervalo de 2013. Ao mesmo tempo, as receitas no país avançaram 3,1%. Segundo a WEG, a "recuperação gradual" da atividade econômica e industrial nas economias desenvolvidas foi acompanhada pelas melhores condições na China, mas no Brasil a produção industrial continuou apresentando contração generalizada.
A exceção no mercado interno ficou por conta dos equipamentos para geração, transmissão e distribuição de energia. As vendas domésticas no segmento evoluíram 31,6% em comparação com o segundo trimestre de 2013, para R$ 275 milhões. A escassez de chuva afetou a produção de energia nas hidrelétricas e ampliou a demanda por geração eólica e pequenas centrais hidrelétricas e de biomassa, além de aumentar a necessidade de investimentos em transmissão e distribuição, informou a WEG.
"Continuamos a ver expansão consistente neste trimestre e tendência positiva para os próximos trimestres, com a realização da carteira de pedidos que está sendo construída nos últimos meses", acrescentou a companhia.
Fonte: Valor Econômico\Sérgio Ruck Bueno | De Porto Alegre