A Vetria Mineração, controlada pela América Latina Logística (ALL), fechou contrato para arrendamento de direitos minerários da MMX em Corumbá, no Mato Grosso do Sul (MS), por US$ 500 mil ao ano.
As negociações avançavam desde o fim do ano passado. Para a empresa controlada pela ALL, os ativos geram sinergia com as futuras atividades da Vetria na região. Já para a MMX, a venda interessava porque, dentre outros motivos, o projeto possui custos operacionais elevados. "É uma produção pequena e que demanda um grande esforço principalmente em manter uma estrutura a uma longa distância", informou o diretor-presidente da MMX, Carlos Gonzalez, em uma das teleconferências da empresa.
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O acordo prevê ainda a possibilidade de "aquisição futura" da totalidade das ações de emissão da MMX Corumbá pela Vetria, que também tem como acionistas a Triunfo Participações e Investimentos (TPI) e a Vetorial Mineração. Em comunicado, a Triunfo disse que a eventual compra das ações depende de diversas condições suspensivas, dentre elas a "liberação do arrolamento fiscal que recai sobre os papéis".
O arrendamento dos direitos minerários inclui uma unidade de beneficiamento de minério de ferro com capacidade de produção de 2 milhões de toneladas por ano, requerimentos, concessão de lavra e alvarás de pesquisa que abrangem uma área de mais de 100 milhões de metros quadrados, além do estoque de minério de lavrado.
A arrendamento anual será pago em parcelas mensais a partir do quarto mês da data de celebração do contrato e será vigente por três anos. O valor poderá ser abatido caso a compra da totalidade das ações da MMX Corumbá pela Vetria seja concluída.
O sistema MMX Corumbá iniciou suas operações em 2006, mas estava com operações paralisadas desde o ano passado, diante das dificuldades do grupo EBX.
A empresa de mineração criada pelo empresário Eike Batista busca ainda parceiros para operar as minas do Sistema Sudeste. No começo do ano, concluiu a venda do controle do Porto Sudeste, seu principal ativo, para um consórcio entre a holandesa Trafigura, e o fundo Mubadala, de Abu Dahbi.
Ainda em fase de estruturação, a Vetria necessita de um novo sócio que capitalize as operações - de acordo com os planos - em 30% do investimento total estimado para o projeto, que chega a R$ 11,5 bilhões.
Fonte: Valor Econômico\Natalia Viri | De São Paulo\ Colaborou Fábio Pupo