A Vibra Energia pretende fortalecer a área de hidrogênio verde em seu portfólio, afirmou o presidente do grupo, Wilson Ferreira Júnior, em evento com investidores.
“Um país que tem essa quantidade de energias renováveis é a principal plataforma de crescimento de hidrogênio verde no mundo. Já temos iniciativas nessas áreas e vamos fortalecê-las quando for possível. São apostas que podemos fazer com prazos maiores e acompanhá-las”, disse.
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Segundo o executivo, em meio à transição para uma economia de baixo carbono, a Vibra quer ser uma provedora de soluções energéticas para os consumidores. “Estamos saindo de ser uma distribuidora de combustíveis para ser uma empresa que fornece qualquer tipo de energia aos nossos clientes”, explicou.
Entre as áreas em que o grupo pretende apostar nos próximos anos, Ferreira Júnior destacou os segmentos de lojas de conveniência, trading de etanol e derivados, comercialização de energia elétrica e gás natural.
“O gás natural é combustível da transição. Ele pode atender on grid e off grid, então vamos reforçar nosso posicionamento nessa área. As soluções para carregamento de energia elétrica também é uma tendência futura, temos como escalar alternativas nesse segmento”, afirmou.
Por outro lado, Ferreira destacou algumas áreas como de menor interesse para a empresa, como o refino, produção de etanol, distribuição de energia elétrica e transporte e distribuição de gás natural.
“Negócios regulados não são a nossa praia. Definimos algumas dessas áreas como de menor interesse, mas não de interesse nenhum”, explicou.
Redução de custos
A Vibra está caminhando para alcançar a meta de redução de custos de R$ 250 milhões entre 2021 e 2022, disse o diretor financeiro do grupo, André Natal.
“Já temos um custeio ligeiramente abaixo dessa meta, que é bastante ambiciosa. Temos bastante convicção de que vamos chegar lá”, afirmou.
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A meta envolve mais de 200 medidas que estão sendo implementadas em todas as áreas da companhia, com um acompanhamento mensal pela diretoria do grupo.
Segundo Natal, a privatização da empresa, depois que a Petrobras saiu do capital do grupo, também permitiu uma melhoria nos processos de compra e redução dos gastos. “Já temos 14% de economia nos processos de compra, que hoje são centralizados em uma única área”, explicou.
Um dos ganhos foi a redução dos gastos com transporte de produtos. “Fizemos isso até aqui para os produtos claros e não temos dúvidas de que poderemos fazer ao longo do próximo ano para produtos escuros”, afirmou.
Fonte: Valor