Com crescimento do lucro, mas queda nas margens, a fabricante de equipamentos elétricos e tintas industriais WEG reduziu a previsão de investimento deste ano de R$ 592 milhões para algo entre R$ 450 milhões e R$ 500 milhões. A previsão da companhia é que o patamar seja mantido no próximo ano, apesar de os números ainda não estarem fechados, segundo informou ontem a empresa, durante teleconferência com analistas.
O lucro líquido atribuído aos sócios controladores da WEG foi de R$ 258,6 milhões no terceiro trimestre deste ano - alta de 13% na comparação com o mesmo período de 2013. A receita operacional líquida da companhia - conhecida mundialmente pela fabricação de motores elétricos - chegou a R$ 2,05 bilhões nos três meses finalizados em setembro. Esse valor foi 16,9% superior ao obtido pela empresa no ano passado.
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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) subiu 7,3% no trimestre na comparação anual, para R$ 350,7 milhões.
O bom desempenho foi atribuído pela diretoria à reposição de estoques após a Copa do Mundo e ao setor de geração, transmissão e distribuição de energia, no mercado interno, onde a receita operacional líquida cresceu 14%, e à consolidação das aquisições, expansão de portfólio e maior competitividade, no mercado externo, onde o crescimento foi de 20%.
As margens da empresa, no entanto, sofreram retração. A margem líquida caiu de 13% no terceiro trimestre do ano passado para 12,6% neste ano e a margem Ebitda foi de 18,6% para 17,1% na mesma base de comparação.
A diretoria da fabricante atribuiu a dificuldade de recuperação das margens às difíceis condições do mercado.
A revisão para baixo dos investimentos em 2014 faz parte de um esforço continuo de reduzir os custos das companhias. Segundo a diretoria destacou ao analistas, "a melhor maneira de evitar aumento de custos é evitar construir capacidade produtiva que não entre em operação".
Procurada pelo Valor para detalhar os números de seus balanço, a empresa informou, por meio da assessoria de imprensa, que não dispunha de um porta-voz para conceder entrevista.
Fonte: Valor Econômico/Victória Mantoan | De São Paulo