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35% menos poluente

Vale incorpora o premiado ‘Vale Brasil’, maior mineraleiro em operação no mundo, projetado integralmente no país

A Vale incorporou à sua frota o navio Vale Brasil, encomendado ao estaleiro Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co, da Coreia do Sul. Trata-se do maior navio mineraleiro do mundo, com capacidade de 400 mil toneladas, 362 metros de comprimento e 65 metros de largura. O navio fará parte da solução logística entre os terminais marítimos da Vale no Brasil e os clientes asiáticos. O primeiro carregamento ocorreu no dia 24 de maio, no píer I do terminal portuário de Ponta da Madeira, em São Luís (MA). Foram carregadas 391 mil toneladas de minério de ferro.

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O Vale Brasil recebeu o prêmio Nor-Shipping Clean Ship Award, por emitir 35% menos de carbono por tonelada de minério transportada, em comparação com outros navios da mesma natureza. O prêmio foi entregue em Oslo, na Noruega, durante a feira Nor-Shipping, um dos principais eventos de navegação do mundo. A redução refere-se à utilização de tecnologia de ponta em equipamentos e ao fato de ser um projeto pioneiro, que privilegia a eficiência energética da embarcação. A feira Nor-Shipping é organizada pela Sociedade Naval Norueguesa.

“O Vale Brasil é uma realidade, em sua primeira viagem já materializa os resultados em sustentabilidade e competitividade idealizados em seu projeto”, afirma Fábio Brasileiro, diretor de Navegação da Vale. Do conceito ao projeto básico, a engenharia do Vale Brasil é toda brasileira. O mineraleiro é o primeiro de uma encomenda de sete navios da Vale ao estaleiro coreano, que totaliza investimento de US$ 748 milhões.

A Vale possui ainda encomenda de 12 navios com capacidade de 400 mil toneladas ao estaleiro Rongsheng Shipbuilding and Heavy Industries na China. Os navios em construção no estaleiro chinês somam um investimento de US$ 1,6 bilhão.

Com o intuito de maximizar a eficiência de suas operações e atender ao crescimento da demanda global, a Vale está desenvolvendo várias iniciativas para obter economia de escala. A companhia aponta que uma infraestrutura logística altamente eficiente constitui elemento-chave para a competitividade no mercado de minério de ferro. Os navios encomendados farão parte da solução logística entre os terminais marítimos da empresa no Brasil e os clientes asiáticos. Os mineraleiros têm alto padrão de segurança e contribuirão para reduzir o custo de transporte transoceânico de minério de ferro para as empresas siderúrgicas.

Além dos 19 navios próprios de 400 mil toneladas, a Vale terá, ainda, outros 16 navios com as mesmas dimensões, com operação exclusiva para a empresa em contratos de longo prazo assinados com armadores parceiros. Esses 35 navios deverão ser entregues entre 2011 e 2013.

“Com a nossa frota de navios próprios e contratados, conseguiremos diminuir a volatilidade no mercado de frete. A volatilidade afeta não somente o preço do frete, como também o preço do próprio minério. À medida que os novos navios começarem a operar, a estabilidade do frete e do minério será ainda maior, favorecendo a Vale e seus clientes siderúrgicos”, afirma o diretor executivo de marketing, vendas e estratégia, José Carlos Martins.

A Vale destaca que desde agosto de 2009, quando a companhia passou a atuar mais fortemente no mercado de fretes, o mercado spot não mais influencia o preço do minério. Em 2008, a média anual do preço do frete foi superior a US$ 50 por tonelada, atingindo o pico de US$ 105 por tonelada. No ano passado, a demanda por minério de ferro continuou bastante aquecida, entretanto, o custo do frete não passou de US$ 40 por tonelada e a média anual ficou abaixo de US$ 30 por tonelada. A estratégia de navegação da Vale foi fundamental para influenciar o comportamento do frete. “Quanto menor o custo de frete, melhor será o preço final para clientes e produtores”, explica Martins.

Projeto. A companhia destaca que o desenvolvimento do projeto do Vale Brasil representou um enorme desafio tecnológico em termos de inovação e o resultado foi atingido. O navio permite uma grande velocidade de carregamento e descarregamento, adequada aos portos mais modernos do mundo.

A mineradora aponta que o mineraleiro consolida um longo processo de investimentos que a Vale, historicamente, vem realizando em infraestrutura. “Não paramos de investir e inovar. Os investimentos da Vale em infraestrutura são os maiores da história do país, resultando em uma logística eficiente para os nossos clientes. Foram US$ 9 bilhões nos últimos seis anos e, somente em 2011, serão US$ 5 bilhões de investimentos na cadeia integrada mina-ferrovia-porto-navegação”, afirma o diretor executivo de operações integradas, Eduardo Bartolomeo.

Encomendas. Nos últimos dois anos, a Vale encomendou a construção de 51 embarcações, entre rebocadores, comboios fluviais e catamarãs, a estaleiros nacionais, contribuindo para o aquecimento da indústria naval brasileira, com a geração de 2.465 empregos diretos e indiretos e investimento de R$ 403,9 milhões.

São 15 rebocadores, sendo 11 construídos no estaleiro Detroit, em Itajaí (SC) e outros quatro no estaleiro Santa Cruz, em Aracaju (SE). Desse total, 12 embarcações já foram entregues à Vale. Os rebocadores serão alocados às operações do Complexo de Tubarão (ES), do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA), do Terminal da Ilha Guaíba - TIG (RJ), do porto de Vila do Conde e de porto Trombetas (PA). Com a nova frota, a Vale passará a operar um total de 29 rebocadores.

A companhia destaca que a nova frota de rebocadores possui alta potência e capacidade de manobra, o que contribuirá para o aumento da produtividade dos portos, além de proporcionar mais segurança às manobras de atracação e desatracação dos maiores navios mineraleiros que operam hoje no mundo. Somente com a construção dessas embarcações serão gerados 1,53 mil novos empregos, entre diretos e indiretos.

Além dos rebocadores, estão em construção no estaleiro Rio-Maguari, no Pará (PA), dois comboios fluviais, formados por dois empurradores e 32 barcaças, e dois catamarãs no estaleiro Arpoador, em Angra dos Reis, para transporte de empregados do terminal da Ilha Guaíba, totalizando 51 embarcações. As encomendas devem ser entregues ainda este ano. A construção dos comboios e catamarãs vai gerar 695 empregos diretos e outros 140 empregos indiretos.

A Log-In Logística Intermodal, coligada da Vale, tem encomendas de sete navios ao Estaleiro Ilha S/A (Eisa), no Rio de Janeiro, sendo cinco porta-contêineres e dois graneleiros. As encomendas da Log-In vão gerar cerca de seis mil empregos diretos e indiretos. O investimento total nas embarcações é de cerca de R$ 1 bilhão.



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