Pela primeira vez, Luzianne Lins demonstra disposição da Prefeitura para a implantação do estaleiro na Cidade
A apenas 50 dias da data - 30 de junho - determinada pela Transpetro para a empresa PJMR apontar o documento de posse da área e a licença ambiental prévia para celebrar o contrato à construção dos oito navios gaseiros, a prefeita Luizianne Lins, afirma que "está na hora da gente trabalhar a ideia de montar o estaleiro" (Promar Ceará, em Fortaleza). A declaração, feita na manhã de ontem, minutos antes de embarcar para Brasília, é a primeira em que a chefe do executivo municipal mostra a disposição ver instalado o empreendimento na Cidade.
Na ocasião, ela confirmou a notícia, antecipada com exclusividade, pelo Diário do Nordeste, na edição da última quinta-feira, dia 6, de que amanhã, às 16 horas, irá se encontrar com o diretor presidente da PJMR, Paulo Haddad, para tentar encontrar uma solução à implantação do equipamento naval. Ela, entretanto, reiterou a posição contrária à Praia do Titanzinho, no Bairro do Serviluz e voltou a apontar a área da Indústria Naval do Ceará (Inace), no Poço da Draga, como local ideal para o empreendimento. "Na 5ª feira (13) vou me reunir com o empresário do Promar e vou convencê-lo de que a indústria naval para a gente é boa, desde que não seja no Titanzinho. Desde que não tenhamos, na mesma orla marítima, dois estaleiros", sentenciou a prefeita, sinalizando disposição para que os navios sejam construídos na área da Inace.
"Vou fazer um esforço para ver se o estaleiro que existe em Fortaleza (Inace) pode ser absorvido e trabalhado, para que essa empresa (a PJMR) não venha a tirar uma região que não tem vocação industrial, como é o caso do Titanzinho, e para que venha a se instalar na Inace. Para todo mundo já está claro que a instalação do Estaleiro no Titanzinho é inadequada.
"Essa é a minha defesa", enfatizou a prefeita, antecipando o tom do encontro, marcado às 16 horas, no Paço Municipal.
Luizianne não disse, porém, como pretende resolver as pendências, como a ampliação do enrocamento, o aterro de uma área de 100 hectares e demais intervenções necessárias ao estaleiro da Inace, para que os oito navios gaseiros sejam construídos lá.
Essas são algumas das exigências já antecipadas por Paulo Haddad, para que a Inace possa recepcionar a construção das embarcações licitadas pela Transpetro, ao preço de R$ 536 milhões. Segundo ele, a área atual é pequena e carente de muitas intervenções, inclusive urbanas, para que o projeto seja viabilizado e expandido.
Entretanto, conforme tem dito reiteradas vezes, a definição de um local abrigado para o estaleiro cabe ao governo do Estado e à Prefeitura de Fortaleza. "Esse é problema que cabe ao Estado e ao Município resolver", disse Haddad. O governador Cid Gomes não participa da reunião de amanhã.
Fonte: Diário do Nordeste (CE)/CARLOS EUGÊNIO
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