Tanto em orçamentos familiares como empresariais, não há mágicas. Sem aumento no faturamento e no lucro, as empresas não têm como investir. As opções são lançar mais ações no mercado – o que a Petrobras já fez – ou se endividar. Com sérios problemas de caixa, a estatal não pode fugir à verdade e tem de ampliar seu endividamento, como prova recente lançamento de bônus de US$ 8,5 bilhões.
O endividamento líquido passou de R$ 147 bilhões, em 2012 para R$ 221 bilhões, em 2013. E 82% do endividamento estão expostos à variação cambial, no momento em que só se fala em alta do dólar. A explicação oficial da estatal é muito técnica: “O PNG 2014–2018 pressupõe o retorno dos indicadores ‘Dívida líquida/Ebitda’ e ‘Alavancagem’ aos limites, de 2,5x e 35%, respectivamente, em até 24 meses, conforme Política de Preços apreciada pelo Conselho de Administração em 29/11/2013.”
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Há mais política do que outra coisa na investigação da Câmara sobre a estatal. Porém, mais do que a denúncia de corrupção da empresa holandesa SBM, se há algo que precisa ser apurado na empresa é a compra, nos Estados Unidos, por valores exagerados, da refinaria de Pasadena.
Fonte:Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta