Em merecido júbilo, Alagoas saudou o atracamento, no Porto de Maceió, da mais nova unidade industrial naval no Estado – a primeira de porte oceânico.
Graças a iniciativa do governo federal, o investimento de US$ 1 bilhão começa empregando 1,8 mil pessoas que se revezam em turnos garantindo o funcionamento ininterrupto da indústria.
Das instalações inauguradas no porto de Jaraguá sairão 18 módulos destinados a seis plataformas de exploração de petróleo no alto-mar, em área do pré-sal. Os módulos são chamados de FPSO (Unidades Flutuantes de Produção, Armazenamento e Transferência) e serão construídos com base em cascos de navios
novos.
A primeira entrega alagoana está programada para daqui a 14 meses e tem como destino o alto-mar de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
Merece destaque também a integração com indústrias já instaladas em Maceió, como a Jaraguá Equipamentos, que fabrica produtos do setor naval e offshore, cuja unidade foi inaugurada antes também no nosso próprio porto.
Carente de novas opções econômicas há muitos anos, Alagoas precisa investir ainda mais em alternativas como essa, reforçando a parceria produtiva com o governo federal. Para isso, é fundamental a unidade e a persistência da bancada federal alagoana na perseguição deste objetivo.
Neste caso específico, o projeto da Tomé-Ferrostaal foi beneficiado por uma resolução da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), permitindo o uso temporário de áreas nos portos, fechando um contrato de 60 meses com a Petrobras. Esse compromisso garante a operação da empresa durante cinco anos em nosso Estado. E este prazo poderá ser multiplicado, ao final dos 60 meses, em função de nova licitação.
Interessa aos alagoanos, desde já, que a permanência de um empreendimento deste tipo seja estendida no Estado. E mais, é de grande interesse que o potencial naval de Alagoas seja, enfim, explorado. Inclusive com o comentado estaleiro (prometido há tempos) para o Litoral de Coruripe.
O momento é de saudar a implantação da Tomé-Ferrostaal, em parceria com a Petrobras, como a primeira de uma série benfazeja de indústrias navais em Alagoas.
Fonte: Gazetaweb (Editorial)
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