Angra dos Reis - Angra dos Reis teve a oportunidade de continuar o  debate sobre a exploração do petróleo e os impactos provocados em uma  cidade, com a apresentação do presidente do Convention e Visitors Bureau  de Macaé (RJ), Marcos Navega. Na palestra, foram informados dados sobre  os impactos da atividade de exploração de petróleo em Macaé, nas áreas  de saúde, educação, economia e meio ambiente. O encontro ocorreu no dia  13 de maio, no auditório do Espaço Eletronuclear, em Angra e foi aberto  pelo presidente do Angra dos Reis Convention e Visitors Bureau, Gino  Zamponi.
 
 O palestrante começou informando que "de 1995 a 2008 a variação da  oferta de empregos em Macaé foi de 355%, enquanto que no estado do Rio  foi 38% e no Brasil, 66%", citando dados do Instituto Brasileiro de  Geografia e Estatística (IBGE). Ele afirmou também que houve impactos  negativos na cidade, como o crescimento urbano acelerado, entre outros.
 
 O secretário de Atividades Econômicas de Angra, Jorge Irineu da Costa,  participou do evento e ressaltou que Angra e Macaé não devem ser  comparadas: "são cidades diferentes e há outros fatores envolvidos. Por  exemplo, Angra não será a sede do escoamento da produção de petróleo e  sim, Caraguatatuba (SP)". O crescimento acelerado na oferta de empregos  em Macaé atraiu muitos trabalhadores, o que gerou o crescimento urbano  descontrolado. Mas, segundo Marcos Navega, as vagas "são completamente  técnicas", ou seja, exigem alta qualificação. Os impactos positivos  refletem-se também na saúde e no sistema educacional.
 
 Segundo dados do IBGE (2010), em Macaé são realizados 70 mil consultas  médicas por mês, em média. Há 11 unidades básicas de saúde, uma Unidade  de Pronto-Atendimento (UPA), hospital infantil e outro especializado em  mulheres e um laboratório municipal. A referência em saúde é o Hospital  Municipal Fernando da Silva, que custou R$ 48 milhões para ser  construído. O valor anual de manutenção gira em torno de R$ 90 milhões e  o orçamento da prefeitura para a saúde é de R$ 226 milhões por ano.
 
 O debate sobre a atividade petrolífera em Macaé teve ampla participação  do público de Angra. Representando a Fundação de Turismo (TurisAngra)  compareceram Cristiane Brasil e Amanda Salazar. O presidente da  Associação Comercial e Empresarial de Angra dos Reis (Acear), Wagner  Junqueira, juntamente com o chefe do escritório regional de Angra dos  Reis, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais  Renováveis (Ibama), José Augusto Morelli, também participaram do evento.
 
 O palestrante ressaltou, no fim dos debates, que a sociedade organizada,  abrangendo representantes da população e de empresários, está buscando  "novas alternativas econômicas e sociais para o futuro pós-petróleo,  como maiores incentivos para o turismo e a atividade pesqueira.
Fonte: Diário do Vale
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