RIO DE JANEIRO (AE) - A diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, disse ontem que o poço Libra, que a agência começou a perfurar na Bacia de Santos, pode ter reservas semelhantes às encontradas no poço Franco, onde foram detectados 4,5 bilhões de barris de petróleo. Em entrevista concedida na sede da agência, Magda disse que as duas estruturas geológicas têm tamanho parecido, mas ainda há dúvidas se a área de Libra é um reservatório único ou se está dividida em dois reservatórios. Neste último caso, afirmou a diretora, as reservas podem ser menores. Os resultados do poço de Libra devem ser conhecidos em um prazo de quatro a cinco meses.
Enquanto perfura esse poço, a ANP se prepara para iniciar um teste de vazão em Franco. Magda comemorou o resultado da primeira perfuração da ANP em Santos, dizendo que Franco abre uma nova fronteira exploratória na região. Isso porque o poço atingiu uma camada rochosa chamada coquina, ainda pouco conhecida - as reservas descobertas até agora no pré-sal estão em uma rocha chamada microbiolito, mais rasa do que as coquinas. “Encontramos uma coluna de reservatório de 272 metros (em Franco) e cerca de metade disso é coquina”. A ANP, no entanto, mantém sua estimativa de reservas no pré-sal em cerca de 50 bilhões de barris de petróleo.
Após a perfuração de Libra, a ANP já se decidiu por dois novos poços na área do pré-sal da Bacia de Santos: um ao Sul e outro a Leste das áreas atualmente concedidas à Petrobras. Além de contribuir com o processo de capitalização da Petrobras, o trabalho tem como objetivo ampliar o conhecimento geológico sobre a região e gerar valor em futuras licitações de blocos exploratórios na área.
Fonte: Folha de Pernambuco
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