RIO - A Agência Nacional do Petróleo (ANP) confirmou que o óleo encontrado próximo ao campo de Roncador não é petróleo. Em nota divulgada há pouco, a agência informou que as amostras indicaram que o óleo não é de nenhum reservatório da Bacia de Campos, confirmando nota divulgada mais cedo pela Petrobras.
“Os resultados apontam para um fluido de perfuração ou completação comumente utilizado em operações de poço”.
A nota da agência é menos esclarecedora do que a divulgada hoje à tarde pela estatal. Além de informar que as amostras coletadas têm características semelhantes a um tipo de fluido usado na perfuração de poços, constituído basicamente de n-parafina, a Petrobras acrescentou que não fez “perfurações recentes nas proximidades dessa área do Campo de Roncador e que não há registro de manchas de fluido na superfície do mar”.
Até o momento são desencontradas as informações sobre essa nova exsudação (que é um afloramento de óleo ou gás diretamente da rocha e não de um poço perfurado) na bacia de Campos.
A primeira notificação sobre a existência do que foram chamadas de “gotículas” foi feita pela Chevron, operadora do campo de Frade, durante uma inspeção no fundo do mar durante o fim de semana. Foi a ANP que divulgou o fato. Mas até o momento não se sabe qual a natureza do fenômeno, sua relação com o acidente no campo de Frade em novembro de 2011 e muito menos com Roncador, que é vizinho do campo operado pela Chevron e o segundo maior produtor de petróleo do país, com 256 mil barris de petróleo por dia e 4,5 milhões de metros cúbicos de gás diários.
A ANP informou que “segue analisando o incidente, com o objetivo de identificar sua origem”.
(Fonte: Valor Econômico/Cláudia Schuffner)
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