A área do Superporto rio-grandino destinada à construção do empreendimento "Rio Grande Estaleiro ERG2 S.A" já está em obras. Serviços de terraplenagem e arruamento, entre outros, estão sendo feitos no local. O ERG2, também conhecido como Estaleiro Norte, de propriedade da Engevix/Ecovix Construções Oceânicas, será implantado em uma área do Superporto, com 231,769 mil metros quadrados e área total construída de 42 mil metros quadrados. Localizado ao lado do ERG1, esse segundo será uma fábrica de processamento de aço para confecção de painéis para os oito cascos de FPSO (sigla em inglês para plataforma flutuante que produz, processa, armazena e escoa petróleo) que a empresa está fazendo para o Pré-sal no ERG1. Nele também estarão as cabines de pintura e oficinas de montagem e acabamento.
De acordo com o diretor executivo da Engevix/Ecovix, Gerson de Mello Almada, os dois estaleiros trabalharão integrados nas atividades de construção dos oito cascos de FPSO. A linha de painéis automatizada a ser instalada no ano que vem no ERG2, com capacidade nominal de 8,5 mil toneladas/mês, junto com a capacidade já instalada no ERG1 atenderá, com margem, às necessidades do projeto dos oito cascos.
No ERG1, onde há o dique seco, a empresa já deu início a esse projeto. Está em andamento a execução do primeiro casco, que é o da plataforma P-66. "De acordo com o planejamento, as atividades serão ampliadas de maneira a se ter o processamento simultâneo de quatro cascos da série de oito conforme requerido pelo cronograma de prontificação. Desses quatro cascos, até dois estarão em edificação simultânea dentro do dique seco no ERG1", observou.
Atualmente, em torno de 400 pessoas estão trabalhando na execução do projeto dos cascos. No pico das obras, considerando os trabalhos nos dois estaleiros, a previsão da empresa é de que sejam gerados 5,8 mil empregos diretos e 17,4 mil indiretos. Na construção da fábrica de painéis e adaptação das instalações de pintura e cabine elétrica, a Ecovix vai investir R$ 400 milhões.
As obras iniciais na área do ERG2 estão ocorrendo com recursos próprios, mas a empresa está solicitando ao Fundo de Marinha Mercante empréstimo de aproximadamente R$ 200 milhões para aplicar no empreendimento. Sobre a previsão para término da construção do ERG2, Almada diz que haverá uma concomitância de preparação desse em paralelo à execução do projeto dos oito cascos.
Fonte:Jornal Agora (RS)/ Carmem Ziebell
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