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Áreas vendidas pela Petrobrás à BP tinham petróleo

RIO - A Petrobrás vendeu participações em duas áreas exploratórias em 2013 à britânica BP, uma no Brasil e outra nos Estados Unidos, que tiveram descoberta de petróleo em águas profundas anunciadas meses depois, as duas em dezembro. Pelo menos nos EUA, a descoberta já foi declarada como relevante, num anúncio da BP feito apenas no exterior, no dia 18.

Um dia antes, dia 17, foi anunciada a descoberta de petróleo no bloco negociado no Brasil, no litoral do Rio Grande do Norte (Bacia do Potiguar), em área de novas fronteiras na margem equatorial. Os negócios da Petrobrás com a BP em 2013 tiveram o primeiro comunicado em abril. A estatal brasileira anunciou a venda da participação em seis blocos no Golfo do México (EUA) operados pela BP. Recebeu por eles US$ 110 milhões, mais participação em um outro bloco no País.

A Petrobrás tinha uma fatia de 20% e deixou completamente os ativos, num prospecto chamado de Gila. Entre eles estava o bloco Keathley Canyon 93, a 480 de Nova Orleans, onde houve a "descoberta de óleo significativa", segundo a BP. No caso do ativo no Brasil, a Petrobáas reduziu participação em cinco blocos em dois contratos de concessão na Bacia do Potiguar, mas manteve a operação deles. A proposta de venda foi anunciada em julho de 2013, incluindo metade da concessão BM-POT-17 em julho de 2013.

O negócio ainda aguarda aval da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Uma vez concluída a negociação, a Petrobrás, que tinha 80% da concessão em questão, passará a ter 40%. A Petrogal tem os 20% restantes. O petróleo foi encontrado durante a perfuração de um poço ainda não concluído, informalmente chamado de Pitu, a 55 km da costa do Estado do Rio Grande do Norte. É o segundo poço perfurado no local, segundo a Petrobrás.

Geralmente são necessários pelo menos três poços para confirmar publicamente se há petróleo em quantidade suficiente que justifique sua exploração, o que não costuma levar menos de dois anos. "Encontrar petróleo é sempre uma boa notícia, neste caso é importante como descoberta. Mas o potencial vai depender de novos poços e avaliação posterior. Um poço só nunca é representativo da estrutura geológica como um todo", disse o geólogo e consultor da JForman Consultoria, John Forman.

Forman especula que a Petrobrás pode ter decidido vender parcialmente os blocos para repartir o risco geológico - investir e não encontrar óleo. A Petrobrás banca os custos referentes à participação e poderá fazer um reajuste retroativo, quando houver a aprovação da ANP.

A companhia afirmou via assessoria que faz parte da gestão de portfólio da empresa comprar e vender participações, como é o caso da bacia do Potiguar, onde está previsto o desenvolvimento de um conjunto de atividades de aquisição de dados geofísicos e geológicos, além da perfuração de poços. "O objetivo é sempre manter um portfólio balanceado, e para isto a empresa busca diversificá-lo, diminuindo sua exposição ao risco exploratório", disse a empresa.

As vendas fizeram parte de uma série feita pela Petrobrás em 2013 para levantar recursos para a área do pré-sal. Os desinvestimentos também foram essenciais para reforçar o caixa da companhia, diante das perdas bilionárias com a defasagem há três anos no preço de venda de diesel e gasolina.

A maioria das vendas em 2013 foi feita no exterior. Elas somaram, até outubro (último dado disponível), US$ 4,3 bilhões em ativos. Além de reforço de caixa, a presidente Graça Foster destacou em agosto passado que a Petrobrás deixou de ter que investir US$ 5,2 bilhões ao se desfazer dos ativos.


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Fonte: Sabrina Valle, da Agência Estado






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