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Atlântico Sul enfrenta desafio de reduzir custo de produção

Em cerimônia que deve estar repleta de autoridades, o Estaleiro Atlântico Sul fará hoje a entrega simbólica do primeiro petroleiro produzido no Brasil em 13 anos. Apesar de toda a pompa do evento, que será prestigiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua candidata Dilma Rousseff, o navio só receberá a primeira carga de petróleo no fim de agosto. Até lá, o estaleiro irá trabalhar em todo o acabamento da embarcação de 274 metros de comprimento e peso de 25 mil toneladas, com capacidade de transportar 1 milhão de barris de petróleo.
Além do acabamento, que inclui a parte elétrica, sistemas e mobiliário, entre outras, o Atlântico Sul terá a partir de hoje a tarefa de melhorar a eficiência da produção. Pelo contrato assinado com a Transpetro, o custo da mão de obra empregada na fabricação dos navios tem de cair 10% a cada vez que a encomenda é dobrada. Por exemplo, a redução do custo deve ocorrer na produção do segundo navio, depois do quarto, depois do oitavo, e sucessivamente até atingir piso mínimo estabelecido.
Atualmente, o estaleiro tem em carteira encomendas para 22 navios da Transpetro, além de um casco de plataforma. O valor das encomendas é de US 3,5 bilhões. As primeiras dez embarcações terão um preço médio de US 120 milhões, porém a primeira deverá custar cerca de US 180 milhões, segundo informou o presidente do Atlântico Sul, Angelo Bellelis. Com isso, a empresa terá que baratear o custo dos próximos navios para atingir a média acordada.
De acordo com Bellelis, isso será possível principalmente em função do aprimoramento técnico dos funcionários do estaleiro, que há pouco tempo eram cortadores de cana, garçons e pescadores. A experiência adquirida no treinamento e na produção do primeiro navio, segundo o executivo, permitirão uma redução importante no número de horas que serão gastas na produção do segundo petroleiro, já em fase inicial de montagem.
Além disso, Bellelis lembra que a montagem do primeiro navio, batizado de João Cândido - em homenagem ao líder da "Revolta da Chibata", passada em 1910 - ocorreu simultaneamente com as obras do próprio estaleiro, o que também trouxe dificuldades operacionais. A chegada de novos equipamentos, especialmente de dois super guindastes, também deve agilizar a produção.
A meta do Atlântico Sul é entregar, ainda este ano, o segundo petroleiro para a Transpetro. Para 2011 e 2012 estão programadas mais oito entregas, quatro em cada ano. A carteira de pedidos contempla entregas até 2014, porém o estaleiro já analisa novas propostas, segundo informou Bellelis. Uma delas seria a construção de navios graneleiros para a Vale. O Atlântico Sul fez um orçamento para a mineradora, mas ainda não obteve resposta.

Fonte: Valor Econômico/ Murillo Camarotto, do Recife



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