A Petrobras investirá US$ 9,2 bilhões na Bahia entre 2011 e 2015. Somente em Exploração e Produção, serão investidos US$ 6 bilhões, considerando recursos da Petrobras e de terceiros (destes, US$ 5,3 bilhões serão investidos apenas pela Petrobras). A revelação foi feita durante apresentação do presidente da Companhia, José Sergio Gabrielli de Azevedo, na manhã desta segunda-feira (29/08), no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), em Salvador.
Os investimentos em exploração e produção, detalhou Gabrielli, serão, em sua maioria, para projetos exploratórios (com objetivo de novas descobertas) em águas profundas no Estado. Nesse escopo, estão também projetos de desenvolvimento complementar dos campos de em terra de Araçás, Pólo Bálsamo e Miranga, além do retorno à produção do campo de Dom João Mar. “Vamos investir em novas tecnologias e aumentar a produção. O pico de produção será atingido depois desses investimentos”, revelou.
Gabrielli destacou também o investimento previsto de US$ 1,8 bilhão da Petrobras em refino, transporte e comercialização (principalmente na Refinaria Landulpho Alves) e de US$ 1,7 bilhão em Gás e Energia e Gás Química, com destaque para o terminal de regaseificação da Bahia. “Temos hoje um terminal no Ceará e um no Rio. Os dois juntos têm capacidade de 21 milhões de m³ por dia. Vamos fazer um terceiro terminal, na Bahia, que tem entrada em operação prevista para janeiro de 2014 e capacidade de regaseificação de 14 milhões de m³ por dia. Isso é metade do que pode ser importado da Bolívia hoje”, comparou.
Ao comentar o mapa de investimentos por região previstos no PN, Gabrielli ressaltou que o fato de a Região Sudeste concentrar US$ 139 bilhões não significa que os fornecedores que receberão esses investimentos estão sediados nos estados do Sudeste. ¨Dentro desses investimentos para o Sudeste, está a construção de oito cascos para o pré-sal (Bacia de Campos e Santos) e eles estão sendo feitos no Rio Grande do Sul”, exemplificou.
Na área de biocombustíveis, ressaltou Gabrielli, a Petrobras vai crescer mais no etanol do que no biodiesel e a Companhia pode ser a maior produtora de etanol nos próximos quatro anos. “Hoje a Petrobras é sócia da São Martinho, da Guarani e da Total e, considerando nossa equivalência patrimonial, a Petrobras responde hoje por 5,3 % da produção de etanol no Brasil. Em 2015, teremos 12%. Hoje o maior produtor tem 7% da produção”, ressaltou.
A Petrobras hoje tem grande importância para a agricultura familiar baiana: “Na área de biocombustíveis, passamos de 18.200 famílias fornecedoras em 2008 para 25.500 famílias contratadas em 2010”, disse o presidente, lembrando que na usina de biodiesel de Candeias, a capacidade de produção chega a 217 milhões de litros ao ano e as principais matérias-primas usadas são soja e algodão, 85% procedentes do estado da Bahia.
Outro destaque durante a palestra foi a crescente importância da Braskem (da qual a Petrobras detém 47%) no setor de petroquímica. A unidade da Bahia representa 32,4% da capacidade de produção de eteno e 15,2% da capacidade de produção de resinas (já considerando a aquisição da empresa Dow).
O presidente da Petrobras concluiu a palestra lembrando que fica na Bahia o Centro de Operações da Área Financeira da Petrobras (Cofip), que concentra as principais atividades transacionais contábeis, financeiras e tributárias da Companhia. O Cofip tem três anos de existência, 643 profissionais e movimenta R$ 980 bilhões por ano em volume financeiro. “Isso gera uma expertise enorme para a Bahia nessa área”, finalizou.
Fonte: Agência Petrobras
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