O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), gestor financeiro do Fundo da Marinha Mercante (FMM), aprovou a destinação de R$ 239,3 milhões para reparos, modernizações e conversões em 15 embarcações, a serem realizadas em Navegantes (SC), e para a instalação de uma nova planta de construção naval no Porto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. Os recursos serão liberados para o grupo Edison Chouest Offshore, que opera estaleiros e terminais portuários e oferece serviços de armação e afretamento de embarcações, de manutenção de infraestruturas submarinas e de apoio logístico.
A modernização das embarcações tem custo estimado de R$ 206,8 milhões, dos quais R$ 186,1 milhões, correspondentes a 90% do total, serão liberados pelo BNDES. Entre as intervenções, destaca-se a remodelação do ATHTS Mr Chafic afretado à Petrobras e que receberá propulsão híbrida, com a instalação de baterias a bordo, o que permitirá a redução de consumo de combustível e de emissões de gases de efeito (GEE).
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A outra aprovação envolve suplementação de R$ 53,2 milhões para a construção de um novo estaleiro, da Navship, do mesmo grupo, dedicado a reparos e manutenção de embarcações no Porto do Açu. O financiamento foi aprovado em 2017, e a conclusão das obras era prevista para novembro de 2019, mas houve necessidade de paralisá-las durante a pandemia de Covid-19. O BNDES já havia repassado R$ 183,3 milhões para a instalação da nova unidade. O custo total é estimado com R$ 322,3 milhões, incluindo investimentos com recursos próprios da empresa.
Em 2024, o BNDES aprovou financiamentos de R$ 6 bilhões com recursos do FMM. Segundo o banco, foi o maior valor aprovado em 12 anos e que representa mais de triplo da soma de 2019 e 2022. Nesse período, o banco de fomento aprovou R$ 1,9 bilhão para projetos com recursos do fundo setorial. Os R$ 6 bilhões do ano passado superam também os R$ 3,9 bilhões dos sete anos anteriores (entre 2016 e 2022).