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Foster: cabe ao país decidir se será exportador

Rio. A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse ontem, que o governo precisará decidir o ritmo de exploração do petróleo no Brasil, o que pode levar o País a ser apenas autossuficiente ou produzir a ponto de se projetar internacionalmente, como exportador. "Essa é a grande questão que coloco ao meu País", disse, durante apresentação na Offshore Technology Conference - Brasil, conferência sobre o setor de petróleo, que acontece até sexta-feira no Rio. A executiva acrescentou ainda, que não cabe à Petrobras a decisão.

Segundo Graça Foster, é preciso ter uma política de conteúdo local clara e flexível e avaliar a disponibilidade de estaleiros no Brasil e no exterior FOTO: AGÊNCIA BRASIL

Graça já articula com o governo a declaração de comercialidade de poços na área da cessão onerosa, na Bacia de Santos. Em setembro de 2010, a Petrobras pagou à União R$ 74,8 bilhões, em títulos, pelo direito de explorar petróleo em seis diferentes áreas (cessão onerosa) que pertencem à União, até o limite de cinco bilhões de barris.

Pelo contrato, que serviu de base ao processo de megacapitalização da empresa, estavam incluídas no acordo as áreas de Florim, Franco, Sul de Guará, Entorno de Iara, Sul de Tupi e Nordeste de Tupi. Libra, que originalmente faria parte do pacote, foi retirada quando foi verificado o enorme potencial do reservatório. Franco, que faz parte da lista e, descobriu-se depois, pode ser tão gigante quanto Libra, entrou com uma parcela de três bilhões de barris.

´Presente e futuro´

Agora, a Petrobras se prepara para o início do processo de declaração de comercialidade das áreas, que marca efetivamente a transformação de um bloco exploratório em campo produtor. Graça informou ter enviado carta aos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e de Minas e Energia, Edison Lobão, em 10 de outubro, pedindo a estruturação de um grupo para conversar sobre a declaração e sobre "o presente e o futuro" da área.

Segundo Graça Foster, o potencial das áreas da cessão onerosa e do regime de partilha (Libra tem reservas estimadas entre oito bilhões e 12 bilhões de barris), ambos no pré-sal, estão entre os recursos com potencial para mudar a formação de preços do petróleo (barril de referência do tipo Brent) no mercado internacional. A executiva fez coro à tese da Agência Internacional de Energia, segundo a qual fontes não convencionais vão enfraquecer temporariamente o poder de formação de preço da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a partir do ano de 2015.

Conteúdo local

Segundo a executiva, é preciso ter uma política de conteúdo local clara e flexível, "como temos", e avaliar a disponibilidade de estaleiros no Brasil e no exterior para atender à demanda de toda a reserva que a Petrobras tem em suas mãos para ser explorada. "Achar que tudo isso pode ser feito no Brasil é uma adequação econômica não razoável", disse Graça Foster.

Fonte: Diário do NOrdeste(CE)






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