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Comperj fica mais distante

Única obra do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) mantida no Plano de Negócios da Petrobras, a construção da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) foi paralisada pelo consórcio QGIT, formado por Tecna, Queiroz Galvão e Iesa, que alega “insustentáveis impactos sobre o contrato, decorrentes da crise econômica e seus efeitos no câmbio”.

Mais do que isso, as empreiteiras foram afetadas pela Operação Lava Jato. O resultado são mais 800 trabalhadores desempregados e a perspectiva de que a unidade, que deveria escoar a partir de 2017 a produção de gás do pré-sal, não fique pronta no prazo.

A obra foi contratada em outubro de 2013, ao valor de R$ 1,808 bilhão. A inflação e a alta do dólar se somaram à crise desencadeada pela Lava Jato. O QGIT, assim como vários fornecedores da Petrobras, vêm tentando um reajuste do contrato, mas a estatal, até por conta das investigações sobre corrupção, não tem sido sensível aos argumentos.

Segundo matéria do site Petronotícias de julho, apenas R$ 1,2 bilhão foram destinados pelo plano de negócios para a conclusão do Comperj. “No entanto, o próprio diretor de engenharia da companhia, Roberto Moro, reconheceu no fim de agosto que seriam necessários US$ 4,3 bilhões para que a refinaria ficasse pronta. Com o dólar passando a barreira dos R$ 4, essa conta vai muito além do que a estatal pretende gastar na área de refino nos próximos anos.”

O mesmo site noticiou nesta terça-feira que a holandesa SBM – que confessou ter pago propina em contratos com empresas de diversos países, entre elas a Petrobras – foi reabilitada pela estatal brasileira e convidada a participar de uma licitação.
 
Fonte: Monitor Mercantil






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