Estrutura é o ponto de partida para as novas atividades do polo naval
Uma negociação entre a Engevix e a WTorre, que conclui a construção do dique seco no Estaleiro Rio Grande 1 (ERG1), é o ponto de partida para a definição das novas atividades no polo naval de Rio Grande. Conforme fontes que acompanham a negociação, estaria praticamente concluída a venda do ERG1 e da área contígua, apelidada de ERG2, da WTorre à Engevix e à Funcef.
Vencedora da licitação para a construção de oito cascos de plataforma de petróleo, a Engevix disputou o contrato estimado em US$ 3,75 bilhões com a própria WTorre, entre outras concorrentes. As duas teriam tentado negociar uma participação conjunta, mas diante da falta de acordo, a saída teria sido a venda da participação da WTorre no ERG1.
O valor do negócio não é conhecido, e as empresas evitam comentar. A WTorre está às vésperas de um lançamento de ações, o que obriga à divulgação de um fato relevante caso o negócio seja fechado. A Engevix alega estar sob cláusulas de confidencialidade com a Petrobras.
A WTorre participou com 21% do investimento de R$ 840 milhões necessários à implantação do estaleiro. O restante foi aportado pela Petrobras em troca do arrendamento da área por 10 anos. No final desse período, o estaleiro ficaria com a parceira privada. A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal, também faria parte do negócio, como sócia da Engevix na propriedade da área. A possibilidade chegou a ser admitida na quarta-feira pelo presidente da Funcef, Guilherme Lacerda, durante conversa que se seguiu à apresentação de um fundo de reflorestamento em parceria com a Vale. A fatia da Funcef no estaleiro seria de 25%.
Ficaria em aberto, ainda, o destino de outra área contratada pela WTorre com o governo do Estado no distrito industrial, chamada de ERG3, inicialmente destinada a abrigar fornecedores de materiais e equipamentos para montagem de plataformas. A WTorre teria interesse em manter esse projeto, mas o assunto ainda está em discussão com o governo do Estado. Enquanto o distrito industrial tem 20 mil hectares, o ERG2 e o ERG3 teriam área ao redor de 20 hectares cada.
Fonte: ZERO HORA
PUBLICIDADE