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Navalshore

Conteúdo local de Lula se enfraquece com Dilma

Em cenário preocupante, tanto em relação à economia nacional como especialmente quanto à construção naval e de navipeças, os trabalhadores resolveram protestar. Nota oficial de sindicatos de trabalhadores navais e da área de petróleo, de praticamente todo o país, com chancela de centrais sindicais como CUT, CTB e Força Sindical confirma esse sentimento. A carta aberta destaca que, em meio ao escândalo Petrolão, empresas e trabalhadores nacionais foram condenados sem julgamento, uma vez que no convite para produção de módulos de compressão de gás para navios-plataforma foram excluídas empresas brasileiras.

Sem meias palavras, o documento frisa que essa exclusão mata a política de conteúdo local, instituída por Lula em 2003, que gerou enorme renda interna, em empresas em geral, estaleiros, prestadores de serviços e trabalhadores diretos. Sobre os efeitos da medida, não restam dúvidas: “Isso gera insegurança para investidores nacionais e processo desenfreado de demissões, prejudicando milhares de famílias brasileiras”. Recorda o documento que, antes com 2 mil empregados, a construção tem 82 mil contratados – número que diminui a cada semana. Em texto que poderia ser aprovado por juristas como Sobral Pinto ou por Evaristo de Moraes, conclui a nota: “A Polícia Federal deve investigar e a Justiça punir exemplarmente os envolvidos, tanto na Petrobras como em instituições privadas, mas não pode penalizar apenas os trabalhadores”. Além de pedir a volta à política de conteúdo local, de Lula, a nota defende a engenharia nacional.

É simplório contratar empresas estrangeiras no lugar de nacionais, como pretensa solução para a crise. Claro que há companhias nacionais honestas para atenderem a encomendas. Além disso, os contratos com empresas de fora são ainda mais sujeitos a irregularidades, pois pagos em moeda estrangeira, em geral a subsidiárias localizadas em paraísos fiscais. O Brasil corre o risco de, mais uma vez, em vez de sanear um setor, extinguí-lo por completo. O ministro Joaquim Levy nunca foi defensor do conteúdo local, e as multinacionais do petróleo jamais esconderam sua intenção de “modernizar” essas normas, para que possam importar equipamentos velhos, eventualmente sem uso em suas filiais.

Fonte:Monitor Mercantil/Sergio Basrreto Motta






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