A falência da Hanjin deixou o sector em sobressalto e tem levado a uma série de medidas do governo sul-coreano para que o cenário não se repita com outras companhias do país. Desta feita, foi anunciado um plano que visa a encomenda de 200 navios nos próximos três anos, que pretende revitalizar a indústria do shipping mas também da construção naval.
A mega-encomenda faz parte do plano de reestruturação sul-coreana para as suas indústrias de shipping e de construção naval, liderado pelo Ministro dos Oceanos e das Pescas. Será constituída por 140 navios graneleiros e 60 navios porta-contores – entre mega-navios com 20.000 e 14.000 TEUs.
PUBLICIDADE
«Depois da falência da Hanjin Shipping, as vendas da indústria do shipping da Coreia do Sul sofreram uma quebra de 10 triliões de won, e a tonelagem de porta-contentores de deep sea foi reduzida para metade», admite o Ministro dos Oceanos sul-coreano, Kim Young-choon, acrescentando: «Preparámos um conjunto de medidas abrangentes para apoiar as indústrias de transporte marítimo e de construção naval, que enfrentam uma recessão prolongada, intensa concorrência e regulamentações ambientais».
Novas unidades farão a HMM escalar na tabela
Saliente-se que a maior transportadora marítima sul-coreana de contentores, a Hyundai Merchant Marine Co. (HMM), tem hoje uma frota com capacidade para 340.000 TEUs (próprios e fretados), sendo o 12.º maior operador do mundo (já contando com a ONE como operador único).
O Ministro dos Oceanos admite que as entregas de porta-contentores para a HMM serão todas feitas até 2020, elevando a capacidade da companhia para cerca de 1 milhão de TEU, o que a colocará no top-8 mundial.
Coreia do Sul também quer revitalizar a indústria naval
Também a indústria da construção naval sul-coreana tem enfrentado perdas recentes e o governo local pretende inverter a situação. Para além destas encomendas, o Ministro dos Oceanos planeia uma série de fusões e parcerias entre estaleiros de menor dimensão de forma a aumentar a sua competitividade. Está também, por outro lado, à procura de novo ‘dono’ para a Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co., que registou pesadas perdas nos últimos tempos.
Fonte: Revista Cargo / Portugal