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Cosco planeja ampliar presença no mercado nacional

O estaleiro chinês Cosco quer reforçar sua presença no mercado brasileiro. Em meio à flexibilização da política de conteúdo local, no setor de petróleo e gás, a companhia vê espaço para novos contratos, de olho nas expectativas de crescimento de encomendas de plataformas, ao mesmo tempo que mira também a diversificação de seus negócios para outros setores além da indústria petrolífera.

Em fevereiro, o grupo chinês firmou um contrato de representação comercial com a JVCS Consulting para identificar novas oportunidades de negócios no Brasil. Diretor-fundador da JVCS, Joaquim Vaz conta que o contrato prevê a prestação de serviços de apoio na elaboração de propostas e mapeamento de eventuais parceiros.


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Ele explica que, embora não haja planos de que a chinesa se estabeleça, por ora, com um estaleiro no Brasil, o contrato entre a Cosco e a JVCS pode significar um "primeiro passo da chinesa numa relação de mais longo prazo com o mercado brasileiro". A empresa possui onze estaleiros no mundo.

"Com as mudanças nas regras de conteúdo local, que reduziram os percentuais para contratação de plataformas, há uma grande oportunidade para que haja um conteúdo chinês interessante nesses projetos", afirma Francisco Dezen, ex-diretor da Prumo e Enseada Construção Naval e sócio na JVCS.

A Cosco teve nos últimos anos uma participação ativa na área de construção de plataformas. Fez os serviços de detalhamento de engenharia dos cascos das unidades replicantes encomendadas pela Petrobras à Engevix, e prestou serviços de consultoria ao Enseada, no contrato com a estatal para conversão dos cascos das unidades P-74, P-75, P-76 e P-77.

Em meio ao atraso na entrega das plataformas pelos estaleiros nacionais, situação agravada após a eclosão da Operação Lava-Jato, a chinesa foi subcontratada e assumiu uma série de contratos para construção de parte dos cascos que inicialmente seriam construídos no país. Dos oito FPSOs (plataformas flutuantes) da Petrobras programados para entrar em operação neste ano, seis passaram pela Cosco, seja na conversão do casco, engenharia ou módulos.

Segundo Dezen, a flexibilização da política de conteúdo local contribuiu, mas não foi determinante para a decisão de fortalecer a atuação no Brasil. Ele explica que, como os estaleiros brasileiros, historicamente os principais clientes da companhia no país, estão em dificuldades financeiras, a Cosco quer intensificar o relacionamento comercial com outras empresas. Além da Petrobras e demais petroleiras, que expandiram nos últimos anos sua atuação no Brasil, o grupo chinês quer se aproximar das operadoras que prestam serviços de afretamento de plataformas à estatal brasileira.

"O Brasil é o maior mercado de plataformas offshore do mundo, hoje. É importante que a Cosco tenha uma presença mais forte aqui. O mercado mudou e o Brasil hoje tem uma pluralidade maior de agentes", afirma Dezen.

Além do setor de petróleo e gás, a Cosco mira oportunidades de negócios em outros segmentos. Vaz destaca que um dos investimentos avaliados pelo grupo chinês no Brasil é um projeto de estocagem de grãos.

Fonte: Valor






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