O petróleo não é mais o mesmo. Internacionalmente, a produção norte-americana de xisto faz desabar as cotações. Produtores que não pouparam nos anos de bonança, como a Venezuela, estão em crise. Internamente, a Petrobras já lamentava seu alto endividamento e agora se depara com o que pode ter sido o maior escândalo de corrupção dos 514 anos de Brasil. E, regionalmente, o Rio poderá perder para a paulista Santos uma boa parte dos investimentos, pois, se a Bacia de Campos está em área fluminense, a Bacia de Santos e o pré-sal se localizam mais ao Sul.
No Norte Fluminense, Macaé já sofre os efeitos da crise da Petrobras, segundo relato da carta econômica Petronotícias: “Macaé passa por uma situação complicada, com demissões frequentes ocorrendo, projetos mudando de mãos, trabalhadores deixando de receber seus direitos, e a prefeitura buscando soluções junto à Petrobras, mas poucas perspectivas de melhora aparecem no horizonte”.
Acrescenta: “As demissões em massa começaram no fim de 2013 e não pararam ao longo deste ano, com casos emblemáticos de empresas que não conseguiram manter seus contratos com a Petrobras e acabaram gerando um efeito em cadeia na região. A questão não se restringe às empreiteiras, mas passa também por empresas de projetos, serviços, fornecedores e subfornecedores”. Para piorar, o prefeito Aluízio dos Santos Júnior critica a Petrobras por ter inserido sobretaxa de 17% se o novo terminal de apoio ficar em Macaé, enquanto que, para o Porto de Açu, não houve taxa adicionada.
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
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