O custo das defensas da ponte sobre o Rio Negro que está orçado em R$ 89,1 milhões pode cair para R$ 57,9 milhões, uma redução de 35%. O resultado da licitação para esse sistema de proteção, vencido pelo estaleiro Erin, foi aprovado pela Secretaria da Região Metropolitana de Manaus (SRMM) e publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) que circulou na última quinta.
Ontem, o secretário-geral da SRMM, René Levy, disse que o estaleiro Erin concordou com a queda do valor do projeto. Como o contrato pode ser reduzido em mais de 25% é necessário a concordância da empresa que venceu a licitação. Esse acerto evita a realização de novo processo licitatório. Levy consultou a empresa sobre a proposta, que está sendo analisada pela Capitania dos Portos, de diminuir de 14 para 12 o número de balsas. “A redução vai oscilar entre 25% a 35%”, disse René Levy.
As balsas serão fixadas em frente aos pilares da ponte nas áreas reservadas à passagem de embarcações. No vão central, onde estava prevista a colocação de seis balsas, só haverá duas. Outras quatro passagens, duas em cada margem da ponte, serão protegidas. O sistema contará ainda com um barco rebocador para fazer os ajustes dos cabos de sustentação das balsas nos períodos de enchente e vazante do rio Negro.
Para celebrar o ajuste no projeto é necessário ainda a aprovação da autoridade marítima, o que deve ocorrer na próxima semana. A Secretaria Estadual de Fazenda, segundo René Levy, já liberou recursos no orçamento da SRMM para a contratação do Erin. “Assim que a Capitania dos Portos responder nossa consulta, de imediato, fazemos o contrato e emitimos a nota de serviço para o início da obra”, declarou o secretário.
Contratada inicialmente com o consórcio Rio Negro, formado pela construtora Camargo Corrêa e Construbase Engenharia, por R$ 574,8 milhões, as obras da ponte já totalizam R$ 1,63 bilhão. Nesse valor está contabilizado a construção das estradas que dão acesso à ponte e os sistemas de proteção e iluminação. Este último, com valor estimado em R$ 14 milhões, deve ser licitado este mês. Se Capitania permitir a mudança no projeto de proteção, a SRMM pode poupar até R$ 31 milhões.
A previsão da SRMM é que as balsas sejam construídas em quatro meses. Levy disse que, após ser colocada a proteção no vão central, vai pedir a Marinha que libere o uso da ponte.
Fonte: A Crítica/Manaus
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