RIO - O custo de extração do petróleo triplicou nos últimos cinco anos, de acordo com estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A alta reflete a escassez mundial de equipamentos e de serviços e a exploração de áreas mais inóspitas e profundas.
No Brasil, de acordo com o Ipea, houve "claramente" um aumento dos custos de extração, que chegaram a triplicar, sem considerar as participações governamentais. Esse fato reflete cenário de escassez mundial de equipamentos e de serviços.
Além disso, há pressão da expansão da fronteira petrolífera em direção a áreas mais inóspitas, no caso brasileiro, representadas pela exploração offshore e, em especial, pelo pré-sal.
De acordo com o estudo, a fronteira de exploração e de produção do pré-sal estabelece uma mudança radical nas condições de contorno da indústria brasileira do petróleo, com fortes repercussões sobre a estrutura de arrecadação e aplicação de participações governamentais.
O pré-sal traz, não só desafios tecnológicos, como também questões complicadas no plano institucional e regulatório, estabelecendo mudança radical nas condições de contorno da indústria brasileira do petróleo. Isso se deve ao fato de as novas descobertas alterarem os parâmetros de tomada de decisão, pela relação entre prêmio e risco.
Além disso, ainda exigem novas orientações de política energética, já que haverá necessidade de redefinição do ritmo de exploração e de produção, devido aos elevados montantes envolvidos nos investimentos e às condições de exportação de petróleo.
Fonte Valor Econômico/Juliana Ennes
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