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Discovery pede voto múltiplo para definir conselho da HRT

O Discovery Capital Management, que tem 6,1% do capital da HRT, lidera um grupo de acionistas que quer eleger três membros do conselho de administração da companhia de petróleo fundada pelo geólogo Marcio Mello. Na sexta-feira, esses investidores solicitaram à companhia a adoção do processo de voto múltiplo para eleição do conselho na assembleia do dia 29 de abril. Conforme antecipou ontem o Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, estão sendo indicados para o conselho François Moreau, ex- BG e especialista em governança; Oscar Prieto, ex- Comgás, BG, BP e vice-presidente da PanAmerican Energy; e Stefan Alexander, ex- GloboPar e Ne t.

Apenas na noite de ontem a HRT divulgou um aviso ao mercado informando sobre a solicitação de voto múltiplo por fundos geridos pela Discovery e pela Quantum Partners. Segundo fontes ouvidas pelo Valor, esses investidores já teriam o apoio de outros acionistas da empresa como Southeastern Asset Management, MSD Capital (do empresário Michael Dell), Highfields Capital, Onyx Equity Management, Leblon Equities e de dois acionistas iniciais (Michael Vitton e Mathew Goldsmith).

No comunicado, a HRT mantém as indicações de onze nomes para seu conselho: John Anderson Willott (ex- Exxon como presidente do conselho no lugar de Marcio Mello). Carlos Thadeu de Feitas Gomes (ex-diretor do Banco Central, como vice-presidente do conselho), William Lawrence Fisher, Marcio Rocha Mello, Milton Romeu Franke, Wagner Elias Peres, Elias Ndevanjema Shikongo, Thomas W. Ebbern, Peter L. O'Brien, Charles Laganá Putz e Joseph P. Ash. A HRT, uma empresa de capital pulverizado, além de indicar a chapa para seu conselho, fez um pedido público de procuração para chamar acionistas a participar da assembleia.

No processo de voto múltiplo, todos os candidatos indicados podem receber votos individualmente e os acionistas podem distribuir suas ações entre vários candidatos.

Até o momento, Discovery e Quantum não solicitaram publicamente a outros acionistas procurações a favor de seus candidatos, o que sugere que já reúnem apoio para eleger integrantes no conselho da HRT. A solicitação de voto múltiplo é a primeira batalha do que pode ser uma guerra para aumentar a governança na petroleira fundada por Mello. Desde o ano passado aumentou exponencialmente o descontentamento dos acionistas da HRT com a gestão de Mello, considerado um ótimo geólogo mas não um bom administrador.

Entre os motivos do descontentamento, além da falta de descobertas relevantes que permitam monetizar o gás descoberto na Amazônia, estão os gastos de capital considerados elevados para nenhum resultado exploratório. Este ano a HRT faz a maior aposta ao iniciar a perfuração na Namíbia, o que deve consumir o R$ 1 bilhão que ainda tem no caixa.

A proposta de valores elevados como remuneração não ajudou. Para 2013, a HRT propõe pagamento fixo de R$ 8,25 milhões para a diretoria, igual a salário de R$ 137,5 mil para cada. No total, a proposta é de R$ 44,3 milhões, incluindo ações e dinheiro. Ainda são propostos R$ 35 milhões para o caso de destituição ou aposentadoria dos administradores.

Fonte: Valor Econômico/Cláudia Schüffner e Ana Paula Ragazzi | Do Rio






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