Os diretores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Valec Engenharia e Construções (empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes) criaram esquema com duas empresas de fachada acusadas de usar documentos falsos em contratos que somam R$ 31 milhões.
Desse total, R$ 13 milhões seriam sem licitação. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, os contratos seriam feitos com o objetivo de fornecer funcionários para áreas estratégicas, incluindo obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em pelo menos 20 estados e Distrito Federal.
As pessoas contratadas por essas duas empresas, que são a Alvorada e a Tech Mix, são escolhidas pelo PR, partido na chefia do Ministério dos Transportes, para trabalhar na gestão de obras sob a suspeita de corrupção.
O processo de assinatura dos contratos passou pelo alto escalão do Dnit e da Valec envolvido na crise de irregularidades nos Transportes. O dono da Tech Mix, segundo o jornal, é marido da proprietária da Alvorada - empresa que teria mudado seu ramo de atividade em 25 de novembro de 2010, um dia antes da liberação de R$ 5,8 milhões pelo então diretor financeiro e hoje presidente interino da Valec, Antonio Felipe Sanchez Costa.
A empresa era registrada, até então, para atuar no ramo de embalagens, embora nunca tenha saído do papel. Apesar de não ter nenhuma experiência na terceirização de mão de obra, ganhou dois contratos: esse de R$ 5,8 milhões e outro, no mês passado, de R$ 7,4 milhões, ambos sem licitação.
Fonte: Jornal do Brasil
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