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Eike desiste de lançar EBX na bolsa

O bilionário brasileiro Eike Batista cancelou sua planejada oferta pública inicial da holding EBX, após levantar US$ 3,9 bilhões a menos do que originalmente visava com a venda da empresa de construção naval OSX.
"Hoje não vamos pensar de forma nenhuma na abertura de capital da EBX", disse Batista, 53 anos, em entrevista na sede da empresa, no Rio. "O valor total de mercado das nossas empresas hoje é de US$ 44 bilhões. Antes de chegarmos a US$ 100 bilhões, US$ 120 bilhões, não faremos uma oferta da EBX."
Batista, que em 30 de março disse estar "pronto" a abrir o capital de sua sexta empresa depois que os mercados de capitais melhorassem, mudou a estratégia depois que, neste ano, houve quatro vendas de ações a preços abaixo do previsto e que a Petrobras anunciou que iria levantar até US$ 25 bilhões colocando novas ações no mercado até o fim de junho. Os papéis da OSX caíram 24% desde a oferta inicial em 18 de março.
O empresário "que se fez sozinho" - comprou sua primeira mina de ouro aos 24 anos e mais que triplicou sua fortuna no ano passado, para US$ 27 bilhões, passando a ser listado pela "Forbes" como o oitavo homem mais rico do mundo - apelou aos investidores para que lhe deem tempo para triplicar o valor de suas empresas de energia e infraestrutura. Seu grupo pretende explorar petróleo, extrair minério de ferro, produzir plataformas para exploração petrolífera, gerar eletricidade e criar um complexo portuário para facilitar as exportações.
"É preciso algum tempo para que as pessoas entendam o nível de nosso sucesso", disse Batista, filho de um ex-diretor executivo da Vale, maior produtora mundial de minério de ferro. "Se você quiser investir comigo, veja o que construí e me dê três a cinco anos. É assim que funcionamos."
Batista acredita que a economia brasileira cresça cerca 5% neste ano e que a demanda chinesa por recursos naturais aumente, fatores que, segundo ele, ajudarão suas empresas a superar o índice Bovespa por um segundo ano. Sua operadora portuária LLX Logística subiu 570% em 2009, em comparação com um avanço de 83% do Ibovespa. Neste ano, a LLX registra queda de 11%, em comparação com um ganho de 3% do índice.
"Quando as pessoas começarem a compreender a dimensão das coisas que venho tentando explicar, a valorização virá automaticamente", disse ele.
A mudança de estratégia de Batista para a EBX reflete a preocupação com a planejada venda de ações pela Petrobras, que criou "uma perspectiva de grande excedente de oferta" no mercado, disse Duncan Littlejohn, que administra US$ 1,6 bilhão em fundos de private equity na Paul Capital Partners em São Paulo. "Se compararmos os números que serão captados numa só emissão, verá que se aproxima do montante envolvido em vários anos de novas emissões."
No primeiro trimestre, quatro empresas lançaram ações, levantando R$ 4,7 bilhões, segundo a BM&FBovespa. Nos EUA, 23 empresas americanas abriram o capital neste ano, levantando um total de cerca de US$ 4 bilhões, e superaram a variação do índice da Standard & Poor's 500, na média, em 4 pontos percentuais, segundo dados compilados pela Bloomberg.
A OSX, de Batista, foi neste ano a quarta empresa no Brasil a vender ações abaixo da faixa de preços estimada. A Ecorodovias, operadora de portos e rodovias, foi a primeira a alcançar preços dentro da faixa.

Fonte: Valor Econômico/ Helder Marinho e Cecilia Tornaghi, Bloomberg, de São Paulo



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