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Eike negocia OGX e costura acordo com E.ON na MPX

Em meio a uma crise de confiança, o bilionário Eike Batista está avançando nas negociações para venda de fatias de suas empresas de energia, a MPX, e na petroleira OGX. Ontem o presidente da OGX, Luiz Carneiro, admitiu que a empresa estuda parcerias e também a redução de participação em áreas onde tem fatias de 70% e 100%.

A OGX continua negociando com a Petronas, da Malásia, segundo apurou o Valor. E ontem havia expectativa do anúncio, nas próximas horas, da venda de metade da participação de Batista na MPX para a alemã E.ON.

Segundo uma fonte que participa da operação, no início da noite ontem Batista finalizava os detalhes jurídicos da venda de metade das suas ações na MPX, com a E.ON passando a deter o controle "de fato" da MPX. O valor de mercado da empresa de energia ontem estava em R$ 5,6 bilhões e a empresa tem dívida líquida de R$ 5,34 bilhões.

O que estava na mesa era a formatação jurídica da venda, para não se caracterizar mudança do controle da companhia apesar de a E.ON passar a ter mais ações do que o empresário.

Batista tem 53,9%, sendo 50,1% como pessoa física, 3,5% através do Centennial Asset Mining Fund LLC e outros 0,3% pelo Centennial Asset Brazilian Equity Fund LLC. As ações da MPX fecharam cotadas a R$ 9,69 na BM&FBovespa. Segundo a fonte, o preço será definido por meio de uma fórmula variável, mas não foi possível obter maiores detalhes.

As informações ontem eram de que as ações foram vendidas por um preço variando entre R$ 10,50 e R$ 12,00, o que significa que Batista pode embolsar entre R$ 1,6 bilhão e R$ 1,87 bilhão. Esses valores também vão balizar o aumento de capital que será feito em seguida, com a entrada do BTG Pactual e aumento da participação do BNDESPar, que tem 10,4%.

No dia 15 de março, o Valor PRO, serviço de tempo real do Valor, divulgou que a negociação naquele momento previa uma "trava" de R$ 12 no preço das ações de Batista, o que resultaria no pagamento de R$ 1,87 bilhão pelas ações do empresário.

Na teleconferência com analistas de mercado, ontem, o presidente da OGX, Luiz Carneiro, citou como exemplos de ativos que poderão ser negociados os campos Tubarão Martelo, o próximo programado para entrar em produção na Bacia de Campos, e também os reservatórios Tulum e Viedma, que ainda estão em fase de avaliação de descoberta.

"Estamos buscando outras oportunidades para revigorar a base de ativos através de desinvestimentos, aquisições e importantes parcerias", disse Carneiro.

O executivo não deu certeza sobre a participação da empresa na 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em maio, dizendo que, se entrar, será com parceria e com bastante "disciplina de capital".

A OGX enfrenta a desconfiança do mercado desde o ano passado, quando começou a produzir petróleo em volumes abaixo do que tinha prometido ao mercado. Na terça-feira a empresa divulgou prejuízo de R$ 1,173 bilhão e os analistas viram, além da pouca produção de petróleo, gastos excessivos, redução do caixa e reservas menores que as estimativas.

A OGX planeja, para 2013, investimentos de US$ 1,3 bilhão que vão resultar em uma "queima" expressiva do caixa, que estava em US$ 1,7 bilhão no fim de dezembro. Questionado por analistas sobre a nova estimativa de reservas da empresa para o campo de Tubarão Azul, que tem três poços perfurados e está apresentando queda de produção, Carneiro disse que prefere aguardar dados da certificadora DeGolyer and MacNaughton que serão conhecidos em dois meses.

Este ano a OGX pretende começar a produzir petróleo também no campo de Tubarão Martelo, próximo a Tubarão Azul e que tem outro tipo de reservatório. A produção será feita por meio da plataforma OSX 3 e a OGX já perfurou seis poços no reservatório para que a plataforma possa ser conectada logo que chegar, o que está previsto para o terceiro trimestre.

Fonte:  Valor Econômico/Cláudia Schüffner | Rio

 


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