BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff aproveitou sua coluna semanal “Conversa com a Presidenta”, publicada em jornais de todo o país nesta terça-feira, para fazer nova defesa da política de conteúdo nacional para as compras da Petrobras. O assunto, que é motivo de queixas no meio empresarial, foi abordado no programa semanal de rádio veiculado ontem, segunda-feira.
O tema também foi tratado em discursos feitos por Dilma na última semana em eventos públicos em defesa da petroleira, alvo de denúncias de corrupção. Segundo apurou o Valor, a presidente fez questão de tratar do assunto nos espaços de comunicação oficial veiculados nesta semana, tendo inclusive regravado o programa de radio originalmente previsto para a segunda-feira.
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Dilma afirmou que o Brasil possui atualmente uma indústria naval “forte, pujante, que emprega quase 80 mil trabalhadores” e, ao comparar a geração de empregos no setor desde o início do governo petista, avaliou que “até 2003, a indústria naval brasileira estava desaparecendo”.
Ao explicar a preferência por componentes nacionais em compras da Petrobras, Dilma afirmou que o lema do governo é "fazer no Brasil porque temos capacidade para fazer". Ainda na avaliação da presidente, as perspectivas para a indústria naval com a exploração do pré-sal são de "números fantásticos, grandiosos".
“Em 2017, segundo as previsões, serão 100 mil trabalhadores contratados na indústria naval. Veja bem, 100 mil empregos diretos. Sabe quantos empregos existiam na indústria naval em 2003? Sete mil, quatrocentos e sessenta e cinco”, disse. “Agora [2014], ela foi multiplicada por dez”, acrescentou a presidente, afirmando ainda que a mudança desse quadro decorreu de “uma escolha que mudou a história” feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que “o que puder ser produzido no Brasil, deveria ser produzido aqui”.
“Graças à política de compras da Petrobras iniciada no governo Lula e desenvolvida no meu governo, renasceu uma indústria naval dinâmica e competitiva, que irá disputar o mercado com as maiores indústrias navais do mundo”, afirmou.
Fonte: Valor Econômico/Bruno Peres