O Estaleiro Promar vai começar as suas obras civis em janeiro de 2011, caso a licença ambiental seja concedida pela Agência de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH) até o próximo mês. “A nossa expectativa é que isso ocorra, porque já conseguimos a licença ambiental prévia”, disse o diretor de novos negócios da companhia, Dail Cardoso. O investimento será de R$ 300 milhões e a empresa está se implantando no Complexo Industrial e Portuário de Suape.
“Iniciamos também o processo de seleção para escolher a construtora que fará a obra civil”, comentou Cardoso, acrescentando vários prazos que mostram a pressa para se implantar e cumprir os prazos do contrato de venda já assinado com a subsidiária de logística de Petrobras, a Transpetro. O Promar deve entregar o primeiro navio à estatal em julho de 2013.
“Depois de um ano e três meses do início das obras, começaremos a construção do primeiro navio, o que deve ocorrer em março de 2012”, explicou Cardoso. Serão necessários dois anos para concluir a parte física da implantação do empreendimento.
Ontem, o governo do Estado publicou, no Diário Oficial de Pernambuco, o Decreto nº35.627, autorizando o Complexo Industrial e Portuário de Suape a ceder uma área de 81 hectares para a Promar Ceará Ltda se implantar na Ilha de Tatuoca. O Estado parece estar um pouco atrasado, pois desde o dia 1º de julho deste ano, - quando ocorreu o anúncio oficial do empreendimento - o nome Ceará foi retirado da nomenclatura da empresa.
“A transferência da empresa para Pernambuco está sendo feita, mas ela já existe como Estaleiro Promar S.A.”, argumentou Cardoso.
Segundo o vice-presidente executivo de Suape, Sidnei Aires, o decreto foi publicado com o nome antigo porque, oficialmente, não foram apresentados os documentos com a mudança do nome da empresa.
O Promar ganhou uma licitação da Transpetro para produzir oito navios que vão transportar gás liquefeito (em estado líquido). As embarcações foram compradas por US$ 536 milhões (cerca de R$ 911,2 milhões).
Inicialmente, o Promar se implantaria no Ceará, mas não conseguiu encontrar um terreno adequado nas proximidades de Fortaleza, a capital cearense. “Foi o prazo que impediu que o Promar continuasse no Ceará. Vamos licitar mais navios e o Nordeste terá mais oportunidades de construir estaleiros”, afirmou o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, no dia em que foi anunciado o empreendimento, em julho último.
Para cumprir o prazo estabelecido na licitação, o Promar teve que apresentar, à Transpetro, um cronograma de implantação, até o dia 30 de junho, o qual incluíam informações como a localização do terreno onde o empreendimento seria instalado. Foi aí que a direção da empresa fez a opção pela implantação em Suape.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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