O BNDES não tem muita culpa na concessão de créditos de R$ 10,4 bilhões para o grupo Eike. Afinal, quando a presidente Dilma afirma que a Petrobras tem muitas sinergias a estabelecer com as empresas “X”, isso foi praticamente uma ordem para que todos no governo ajudassem o grupo.
Mas João Roberto Lopes Pinto, doutor em Ciência Política, em depoimento ao Jornal dos Economistas, levanta itens polêmicos. Garante que, na página de transparência do BNDES, não dá para se saber em que projetos foram alocados esses bilhões. Depois, lembra que o presidente da instituição, Luciano Coutinho, se referiu a “risco zero” para o banco, mas que auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou “fortes indícios de operações antieconômicas e de potencial perda patrimonial”.
Cita que, a pretexto de incluir o Brasil no mercado internacional, o banco privilegiou grupo privado. E conclui Lopes Pinto: “Que o caso Eike sirva à reflexão sobre os rumos do financiamento ao desenvolvimento”.
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
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