A exploração e refino do petróleo do pré-sal devem ajudar a impulsionar negócios em diversas áreas nos próximos anos, entre elas o segmento de produtos de aço inox (tubos, conexões e válvulas, por exemplo, feitos com essa matéria-prima). A expectativa anima as empresas participantes da 4ª Feinox (Feira de Tecnologia de Transformação do Aço Inoxidável), que começou ontem e vai até amanhã no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo.
Segundo o diretor-executivo do Núcleo Inox (entidade que congrega indústrias ligadas a essa cadeia produtiva), Arturo Chao Macieiras, a perspectiva é que a atividade se mantenha aquecida nos próximos dez anos com crescimento anual de 10%. Em 2010, o setor deve se recuperar do baque causado pela crise global de crédito em 2009, quando as vendas caíram quase 30%.
Macieiras acrescenta que a atividade, que movimenta US$ 5 bilhões ao ano, será beneficiada pelo aquecimento de áreas como o petróleo e gás, que exigem materiais resistentes à corrosão; usinas de cana-de-açúcar; e também a construção civil, como reflexo, por exemplo, de projetos para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.
O Núcleo Inox promove a Feinox, junto com o grupo Cipa. Macieiras explica que o evento serve como vitrine para que os diferentes elos dessa cadeia produtiva explorem produtos e serviços e também para debater os principais temas do segmento.
REGIÃO - Duas empresas sediadas no Grande ABC participam da feira, a HCG, de São Bernardo, e a D&D, de Diadema. Esta última, que existe há 13 anos, vem em ritmo ascendente de resultados. O diretor, Paulo Dieb, projeta crescimento de 8% neste ano e, em 2011, expansão superior a 20%. O quadro de funcionários também tem aumentado. Contava com 80 empregados no início do ano e, atualmente, está com 100. A D&D faz trefilação de material em aço inox, utilizado em plataformas, válvulas e tubulações do segmento petrolífero.
A outra expositora, a HCG é importadora de analisadores portáteis, itens que servem para verificar as ligas utilizadas em determinado metal e sua composição química. O inspetor de materiais da empresa, Daniel Limoeiro, demonstra otimismo. "A tendência é de crescimento, o mercado está aquecido", afirma. Ele cita que diversos segmentos utilizam esses equipamentos, incluindo indústrias petroquímicas e companhias petrolíferas.
Além das duas empresas, a antiga Inox Tubos, de Ribeirão Pires, que agora é uma unidade fabril do grupo ArcelorMittal, também tem estande no evento. O gerente Henrique Cintra cita que a Feinox é importante vitrine do setor e também mostra confiança com as perspectivas de negócios na área de petróleo.
Fonte: Diário do Grande ABC/Leone Farias
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