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Fabricante italiana de iates, Aicon avalia o Brasil

O empresário Lino Siclari, diretor da empresa italiana Aicon, que atua na construção e venda de barcos de luxo de grande porte, desembarca amanhã no Brasil para dar mais um passo nas negociações que devem resultar na criação da Aicon Brasil. As tratativas começaram em meados do ano passado e estariam avançadas com a participação de sócios locais. A intenção é começar com importação e, em 2012, iniciar a fabricação de três modelos em Itajaí (SC).

A cidade, no litoral catarinense, recebeu investimento de R$ 200 milhões da italiana Azimut-Benetti, concorrente internacional da Aicon. A empresa está em obras para instalar um polo náutico de 200 mil metros quadrados dentro do complexo do Terminal Portuário de Itajaí (Teporti) para a fabricação de seis modelos: quatro abaixo de 80 pés e dois entre 80 e 100 pés.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Itajaí, Clayton Batschauer, diz que a prefeitura está em negociação com a empresa para concessão de benefícios na instalação. Batschauer diz que as tratativas estão "cerca de 50%" avançadas, mas prefere não revelar detalhes. O governo municipal tem interesse em estimular investimentos do setor náutico esportivo e negocia com outras empresas do setor. A americana Brunswick, por exemplo, está em fase final de negociação e definição da área em Santa Catarina.

A Aicon, com sede na Sicília, estreou no mercado brasileiro com a compra de uma embarcação pelo empresário paranaense Joel Malucelli, que em 2010 foi até a Itália conhecer os produtos da marca. Recentemente outro iate foi vendido para um cliente de São Paulo. O Valor apurou que a intenção inicial de Siclari era ter Malucelli como sócio, mas o negócio não teria avançado por falta de afinidade com as outras empresas do grupo, que já atua nos ramos bancário, de seguros, comunicação, construção, energia e outros.

De acordo com Daniel Morejon Ferrari, que atua com importação e vai ser um dos sócios da Aicon Brasil, o plano de negócios está fechado. Os italianos terão 70% da nova empresa e a participação de outro sócio está em negociação. Uma área de 90 mil metros quadrados será alugada em Itajaí por cinco anos para a instalação do estaleiro.

Em março, serão importados três modelos da marca, com 61 pés, 70 pés e 64 pés sem cabine coberta, com preços de venda que vão de R$ 4,5 milhões a R$ 6 milhões. Além do gasto com estoque, o investimento inicial dos sócios será de R$ 2,5 milhões. Os barcos serão apresentados em abril no Rio Boat Show. Na sequência, virão os moldes para unidades de 61 pés. A intenção dos sócios é que sejam produzidas 10 unidades em 2012. O casco será feito no Brasil e os móveis serão importados.

A queda nas vendas na Europa motivou estaleiros de luxo a olhar com mais atenção para países emergentes como o Brasil. O negócio é voltado para consumidores dispostos a pagar entre R$ 1 milhão e R$ 7 milhões por embarcações com mais de 40 pés (cerca de 12 metros). A estimativa é que o Brasil consuma cerca de 150 iates nesta faixa por ano.

Fonte: Valor Econômico/Marli Lima e Júlia Pitthan | De São Paulo

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