DO RIO - Dois meses depois de ter ocorrido um incêndio na plataforma P-62, na Bacia de Campos, a unidade ainda estava, até a semana passada, com o sistema de combate a incêndio deficiente. Esta e outras irregularidades levaram fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego a interditar a embarcação, que tem 162 trabalhadores a bordo.
Segundo a superintendência do ministério no Rio, que enviou equipe à plataforma por dois dias, na semana passada, a interdição, na prática, impede que a plataforma produza petróleo, mas, anteriormente a este episódio, a Petrobras havia informado que a unidade só deve entrar em operação no segundo trimestre. Segundo o MTE, Não houve determinação para desembarque dos trabalhadores.
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A plataforma foi lançada ao mar ao fim de dezembro sem ter tido sua construção concluída, denunciam trabalhadores. Em 11 de janeiro, houve um incêndio a bordo, sem feridos. No sistema de incêndio, não estavam operantes a bomba de água acionada em caso de fogo, detectores de fumaça, "sprinklers" (equipamentos instalados no teto que despejam água em caso de fumaça) e alarmes.
Havia, ainda, problemas burocráticos, como a não comprovação de qualificação de funcionários para operar diversos equipamentos.
A interdição permanece até que a Petrobras comprove ter resolvido as pendências. A Petrobras nega ter ocorrido interdição e informou que o episódio não atrasará o início da produção. A companhia diz ainda que a embarcação saiu do estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, com todas as autorizações e licenças para partida até o local onde foi instalada.
Fonte: Folha de São Paulo