RIO - Os fornecedores da indústria de petróleo e gás passam a contar a partir de agora com um programa de apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com orçamento de R$ 4 bilhões e vigência até 31 de dezembro de 2015. Os recursos buscam resolver problemas das empresas do setor como dificuldade de crédito, elevado custo de capital e acesso à tecnologia de ponta.
Entre os agentes da indústria, há tempos se reconhece que é preciso criar estímulos para desenvolver a cadeia de fornecedores. No primeiro ciclo de retomada da indústria naval e offshore no país, a partir do começo dos anos 2000, foram contemplados os estaleiros, que voltaram a operar ancorados em encomendas, sobretudo, da Petrobras. Mas faltava definir benefícios para desenvolver os fornecedores e garantir-lhes maior competitividade para concorrer com empresas estrangeiras.
A iniciativa do BNDES intitula-se Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia de Fornecedores de Bens e Serviços do setor de Petróleo e Gás Natural (BNDES P&G). E se insere na nova política industrial, o Plano Brasil Maior, lançado ontem pelo governo. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, já havia anunciado, em um evento este ano, que o banco iria apoiar os fornecedores da indústria de petróleo com uma linha especifica. Agora há pouco o BNDES divulgou comunicado no qual detalha o programa.
O BNDES P&G terá condições financeiras diferenciadas com taxas de juros entre 4,5% ao ano, para inovação, até 11,04%, para o financiamento a capital de giro. Os focos do programa são projetos de implantação, ampliação e modernização da capacidade produtiva; consolidação, fusão e aquisição e internacionalização da cadeia de fornecedores; financiamento do capital de giro à produção de equipamentos e prestação de serviços; e suporte a atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Segundo o BNDES, o programa poderá apoiar a cadeia de fornecedores por meio de operações com as chamadas “empresas-âncora” (receita operacional bruta anual acima de R$ 90 milhões). A partir de um plano de desenvolvimento de fornecedores, essas empresas direcionam, no mínimo, 30% dos recursos do financiamento aos seus fornecedores e subfornecedores. O programa também “flexibiliza”, segundo o comunicado do banco, as condições de acesso a crédito das micro, pequenas e médias empresas.
Ainda de acordo com o BNDES, o programa poderá atuar não só com financiamentos, mas também com instrumentos de renda variável, que envolvem participação acionária.
(Fonte: Valor Econômico/(Francisco Góes)
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