O debate acerca da distribuição dos royalties do petróleo da camada do  pré-sal tem que levar em consideração o pacto federativo e a igualdades  entre os estados. Essa foi a argumentação dos governadores dos estados  não produtores de petróleo para defender a derrubada do veto do então  presidente Luís Inácio Lula da Silva ao artigo da lei que garante a  divisão igualitária dos royalties entre produtores e não produtores.  Se  o acordo político for pela manutenção do veto, a sugestão é que seja  aprovada uma nova lei que eleve o repasse para os estados não produtores  como forma de acesso aos recursos extras do petróleo.
 
 Durante audiência pública no Senado, o governador de Goiás, Marconi  Perillo, disse que os estados não produtores não querem “abocanhar”  recursos dos estados que produzem petróleo, mas que é preciso distribuir  melhor esses recursos. “Ninguém quer retirar nada dos estados que  produzem, mas a discussão sobre o pacto federativo tem que ser  colocada”, disse.
 
 Já o vice- governador do Pará, Helenilson Pontes, vê no debate sobre o  dinheiro dos royalties a possibilidade de assegurar mais recursos para  as regiões Norte e Nordeste. “Este é o momento do país olhar pela  perspectiva de como levar justiça social para o Norte e para o Nordeste.  Esse assunto não pode se descolar da premissa de se usar os recursos do  pré-sal para o desenvolvimento regional. Não é possível descolar o  debate da discussão geral da repartição do bolo dos recursos da União  que são divididos com estados e municípios”.
 
 Após ouvir, ontem (31), os governadores dos estados produtores de  petróleo, as comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Serviços e  Infraestrutura (CI) do Senado ouviram hoje (1º) representantes dos  estados não produtores. As audiência públicas visam a encontrar uma  solução consensual para o impasse criado após o veto de Lula à chamada  Emenda Ibsen, que determinava a divisão igualitária dos royalties entre  todos os estados e municípios brasileiros. Se estive em vigor, a divisão  equânime dos royalties provocaria uma queda substancial da receita dos  estados produtores, especialmente Rio de Janeiro e Espírito Santo, que  concentram a maior parte da produção de petróleo do país.
Fonte: Agência Brasil
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