O governo quer que a Petrobras avise com antecedência sobre paradas programadas de plataformas e gasodutos que possam ter impacto no setor elétrico, depois de ter se surpreendido com o anúncio da parada da plataforma de Mexilhão, na Bacia de Santos, que vai reduzir a oferta de gás natural para as usinas térmicas do País, informou o Ministério de Minas e Energia (MME).
A estatal foi na quarta-feira, 1, à reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) para apresentar o plano da parada programada, que vai durar 45 dias e custar R$ 1 bilhão à estatal. Na reunião, a Petrobras foi convidada a participar das reuniões mensais do CMSE, que é formado por representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional do Petróleo (ANP), Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
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"A medida vem após encontro do ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, com o presidente da Petrobras, Ivan Monteiro. No encontro (30/7), o ministro manifestou preocupação com os possíveis impactos da parada da plataforma de Mexilhão no custo de geração de energia elétrica. Monteiro disse não ser possível acatar o pedido de Moreira para postergar a manutenção, e apresentou motivos técnicos. O presidente da Petrobras garantiu ao ministro que não há risco de falta do produto", disse o MME em nota.
Na reunião do CMSE, a empresa apresentou a programação de adequação da Plataforma Mexilhão no período de 24 de julho a 6 de setembro. O objetivo da parada é atender à exigência legal de segurança do Ministério do Trabalho (NR-13), além de ampliar a capacidade de escoamento do gasoduto. A estatal vai aumentar a oferta de gás natural por meio da importação de Gás Natural Liquefeito (GNL). Segundo a empresa, a adequação da Plataforma Mexilhão foi programada desde 2016.
O ONS também já havia descartado no início da semana qualquer problema de abastecimento no País por causa da parada de Mexilhão, acenando com outras fontes e com paradas programadas também nas térmicas que deixarão de receber o combustível da estatal.
Fonte: Uol