Uma das obras mais importantes da Petrobras no Estado, a Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), em Linhares, está parada desde quarta-feira, dia 20, devido à greve dos trabalhadores das empreiteiras contratadas pela Engevix, empresa responsável pela obra.
Cerca de 1,5 mil trabalhadores atuam em várias empresas para construir o módulo III de Cacimbas. A previsão da Petrobras é que a UTGC esteja pronta em junho deste ano para entrar em operação nos meses seguintes.
A paralisação envolve trabalhadores do setor metalúrgico e também da construção civil. Por isso, os sindicatos que representam as duas categorias de trabalhadores participam das negociações.
Reivindicações
Basicamente, os operários querem reajuste de 6,18% – o mesmo que foi pago aos metalúrgicos capixabas em novembro do ano passado; querem também o pagamento de 65% para as duas primeiras horas extras e de 100% para a terceira hora extra em diante, no caso dos dias normais da semana; querem ainda 100% sobre todas as horas extras nos finais de semana e feriados; e querem 75% sobre a hora de transporte de Linhares até o canteiro de obras.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Espírito Santo, Roberto Pereira de Souza, as empresas mais importantes que atuam na UTGC são a Milplan, que tem mais de mil funcionários; SGS PID; Álvaro Aguiar; e Metalúrgica Laranjeiras. Segundo Souza, ainda não há reunião de negociação marcada entre as partes.
O engenheiro da Engevix responsável pela obra, Claudair Afonso de Oliveira, explicou que todas as informações sobre a greve e suas consequências só podem ser dadas pela Petrobras.
Ele esclareceu, porém, que somente os funcionários da Milplan e SGS PID aderiram totalmente à greve. Os trabalhadores das outras companhias pararam em consequência da decisão destes empregados. Hoje, os advogados das empresas e dos sindicatos se reúnem para iniciar as negociações. Não há informação sobre atraso na entrega da obra UTGC.(Fonte: A Gazeta/Vitória,ES/Denise Zandonadi)
PUBLICIDADE